Do JC Online
Jogando mal e errando muito passes, o Náutico amargou mais uma derrota no Campeonato Brasileiro da Série B, desta vez para o São Caetano, nos Aflitos, por 2×1. O time não acertou quase nada que tentou em campo e agora a luta para subir à Série A em 2011 está cada vez mais difícil. O Alvirrubro tem uma missão dura nas próximas duas rodadas, já que o time joga fora de casa contra Ipatinga e Icasa. Vale salientar que o Timbu perdeu os últimos oito jogos que fez longe dos Aflitos.
Com 34 pontos, o time permanece em 10º lugar e espera o complemento da rodada para ver se perde alguma posição.
A atuação do Náutico foi simplesmente sofrível. Completamente desorganizado em campo, o time não tinha forças para fazer nada. A impressão que dava era de que a equipe não sabia dar um passe lateral, até porque errou quase todos. Lançamentos, então, eram uma lástima. Para piorar ainda mais a qualidade do jogo, o São Caetano também errava muitos passes e o jogo era horrível.
Diferentemente do que tinha se previsto, o técnico Alexandre Gallo armou o Náutico com três zagueiros, com Márcio Tinga fazendo a sobra e auxiliando Walter e Diego Bispo. Com isso, Giovani foi o único meia timbu responsável armação das jogadas ofensivas. Como o jogo estava muito truncado no meio de campo, o jogador não conseguia produzir o suficiente.
Além disso, as duas equipes abusavam dos passes errados. Parecia que a bola estava queimando nos pés dos atletas dos dois times. Dessa forma, o jogo ficou feio de se ver. Mesmo assim, o Náutico buscava mais o campo ofensivo, tentando jogadas com Giovani e com o lateral Zé Carlos.
Aos poucos, o São Caetano começou a procurar os contra-ataques. Em um deles, aos 30 minutos, o zagueiro Diegi Bispo derrobou o atacante Eduardo na intermediária. Na cobrança, chuveirinho na área, a zaga Timbu voltou a bater cabeça e Eduardo, sozinho, completou para as redes de Glédson: 1×0 São Caetano.
Após levar o gol, o Náutico foi para cima. Estreando, Joelson se esforçava, mas não produzia o suficiente para assustar. Em um dos poucos lances produzidos pelo atacdante, ele foi derrubado na entrada da área por Marcelo Batatais. Na cobrança, Giovani bateu com maestria, por cima da barreira e sem dar chances para e igualando o placar.
O Alvirrubro comemorou apenas cinco minutos. Em rápido contra-ataque, após Giovani chutar na trave de Luiz, Ailton limpou Diego Bispo e chutou forte, da meia lua, sem chances para Glédson. Na saída para o intervalo, muitas vaias da pequena torcida que foi a campo e protestos contra o técnico Gallo. A torcida pedia sua cabeça.
Tentando melhorar a qualidade do time, Gallo promoveu duas mudanças já no intervalo: Zé Carlos deixou o campo para a entrada de Jeff Silva, que fez sua estreia, e o atacante Tiaguinho entrou no lugar de Márcio Tinga. Com isso, o time voltou a jogar no 4-3-3. Houve mais vontade e correria, mas faltava qualidade.
O São Caetano resolveu se retrair para sair nos contra-ataques. Com isso, o Náutico passou a ter volume de jogo, mas abusou das jogadas aéreas sem objetividade. No desespero, Gallo ainda ordenou a entrada de Bruno Veiga no lugar de Joelson, que nada produziu. Sem forças, o jogo ficou no 2×1 para o São Caetano. No fim do jogo, mais protestos da torcida.