O capitão da Polícia Militar de Alagoas, Paulo Eugênio Freitas Santos, 44 anos, que foi preso no dia 23 de setembro sob a acusação de integrar um grupo de extermínio, deve ser ouvido na manhã desta quinta-feira, dia 30, na sede do Ministério Público Estadual. Paulo Eugênio Freitas será ouvido pelo promotor Flávio Gomes.
O Ministério Público Estadual entrou no caso depois da divulgação de um filme feito pelos supostos integrantes da milícia, em que estes simulavam uma operação policial. Para a confecção do vídeo, foi usado armamentos e equipamentos das forças de segurança pública do Estado de Alagoas.
Cinco pessoas presas são acusadas de envolvimento na chacina. Eles podem estar envolvidos – inclusive – com a morte de quatro jovens ocorridas em agosto deste ano, na região da Serraria. Paulo Eugênio Freitas Santos não tinha mandado de prisão contra ele, mas foi preso por terem sido encontradas armas e munições. A defesa alega que o material estava com o capitão porque ele é instrutor de tiros.
O capitão integra ainda o Movimento pela Paz na região do Benedito Bentes. Além dele, foram presos Cícero Nascimento, Jaime José de Lima e os vigilantes Leonardo Francisco da Silva e Eliberto Marcelino da Silva. As investigações foram comandadas pela delegada Rebeca Cordeiro, que já ouviu o capitão da Polícia Militar.
Durante depoimento à Polícia Civil, um grupo de familiares e amigos de Paulo Eugênio afirmam que ele é inocente e destacam trabalhos sociais realizados pelo capitão no bairro do Benedito Bentes. O capitão alega inocência e diz que está sendo vítima de perseguição.
O militar era lotado no 5° Batalhão de Polícia Militar e teria pedido transferência, uma vez que estava sendo vítima de perseguição pelos próprios colegas de farda pelos trabalhos que vinha realizando – segundo ele – e teria sido inclusive ameaçado de morte por traficantes. Um irmão do capitão, Maurício Freitas, em entrevista à imprensa acusou a polícia de ter sido induzida ao erro para efetuar a prisão de Eugênio. Ele alega que o irmão estaria incomodando líderes comunitários, que seriam informantes da polícia