A greve dos bancários em Alagoas continua com alto índice de adesão e será mantida na segunda-feira. Nem mesmo os interditos proibitórios concedidos pela Justiça ao Bradesco e Itaú abalaram o ânimo da categoria, que está compensando a abertura desses bancos com mais mobilizações no Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNB, HSBC e Santander, entre outras instituições financeiras.
Ontem, antes da 8ª Vara do Trabalho voltar atrás e conceder interdito proibitório para o Bradesco, os bancários fecharam com muita luta e poder de convencimento a agência localizada em Jaraguá, onde é grande a resistência dos administradores a qualquer paralisação.
“Não adiantaram as ameaças e o assédio moral dos gestores contra os funcionários. Nós provamos que os trabalhadores tem o poder da unidade e da mobilização”, disse Edmundo Saldanha, presidente do Sindicato dos Bancários. Ele lamentou que decisões da Justiça estejam contemplando os banqueiros e dificultando os bancários de exercer o direito de greve, estabelecido na Constituição Federal.
De acordo com o Sindicato, o quadro da paralisação em Alagoas quase não foi modificado. A adesão dos bancários continua superior a 70%, com mais intensidade no Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste. São mais de 80 agências bancárias fechadas no estado, a espera que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e as diretorias dos bancos estatais chamem os trabalhadores para negociar e apresentem uma nova proposta de acordo.
Os bancários reivindicam 11% de reajuste, valorização dos pisos salariais, PLR maior, medidas de proteção da saúde que inclua o combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades para todos, e mais segurança. Até o momento, tudo o que os bancos oferecem é R$ 4,29% de reajuste salarial, que corresponde ao índice de inflação acumulado nos últimos doze meses.