POR VITOR MACHADO
Rio – O caos que tomou conta da Gávea não permite perda de tempo. Por isso, ontem, dia de eleição, a diretoria do Flamengo se reuniu no clube para decidir como será comandado o futebol rubro-negro daqui por diante. Com as saídas de Zico e Vinícius França, o futebol ficou sem comando, e Silas, desamparado. O técnico Vanderlei Luxemburgo está cada vez mais perto de ser anunciado. Falta acertar a parte salarial e convencê-lo a abrir mão de pessoas da sua cara comissão técnica.
O momento é de tentar organizar a casa, para ela não cair no fim do ano, com o time na Série B. Há a possibilidade de ser formado um Conselho de Notáveis. Outra opção é que a solução venha de dentro da diretoria. Nesse caso, pode ser repetido o modelo adotado antes da chegada de Zico, com algum dirigente acumulando funções.
Na época, quando a presidente Patrícia Amorim demitiu o então vice de futebol, Marcos Braz, Hélio Ferraz, vice-presidente geral do clube, passou a tomar conta também do comando do futebol. Uma fórmula que não se mostrou eficaz, já que o clube passou muito tempo perdido, sem conseguir reforçar o time para o Brasileiro.
A situação financeira também é complicada. O Rubro-Negro ainda deve, por exemplo, a Andrade, técnico do hexacampeonato. Além disso, precisa arcar com altos salários. Só a dupla Deivid e Diogo custa quase R$ 800 mil mensais. Por isso, a diretoria tenta adiantamento de cotas de TV de 2011, num valor de R$ 50 milhões.
A saída de Zico deve gerar ainda outras mudanças. Pessoas trazidas pelo ex-diretor-executivo para trabalhar nas divisões de base do Flamengo devem ser demitidas. A medida será tomada a pedido do Conselho Fiscal, apontado por Zico como principal culpado por sua demissão.
Nas divisões de base é que a crise foi criada. A fritura de Zico teve como foco principal um contrato entre o Flamengo e o CFZ, presidido pelo filho dele, Bruno Coimbra, para a cessão de direitos econômicos e de formação atletas.
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