A seleção dos pacientes para uma das 70 cirurgias a serem realizadas pela Operação Sorriso este ano ocorrerá nesta quarta-feira (6), a partir das 8 horas, na Unidade Docente Assistencial Professor Rodrigo Ramalho. A unidade reúne o Ambulatório e a Cardiologia do SUS da Santa Casa de Maceió e localiza-se na Avenida Assis Chateaubriand, na Praia do Sobral.
As cirurgias ocorrerão de 08 a 12 de outubro no Centro Cirúrgico Pediátrico do Hospital Nossa Senhora da Guia, localizado na Avenida Comendador Calaça, 1244, no bairro do Poço, em Maceió, no mesmo complexo onde funcionou o antigo Hospital Monte Cristo.
O Hospital Nossa Senhora da Guia continuará recebendo inscrições para a Operação Sorriso até esta terça. Na quarta-feira os interessados devem dirigir-se para a Unidade Professor Rodrigo Ramalho, onde será montada uma grande estrutura para receber pais e crianças.
A Operação Sorriso realiza cirurgias plásticas para correção de fissura lábio-palatina em crianças e jovens. Popularmente a doença é conhecida também como lábio leporino ou fenda palatina. Os interessados devem procurar o Serviço Social do hospital,.
O projeto é uma parceria entre a ONG Operação Sorriso Brasil e diversas entidades alagoanas, dentre elas a Santa Casa de Maceió, que cederá toda estrutura e pessoal para a iniciativa.
Participarão do projeto voluntários não-médicos, cirurgiões plásticos, enfermeiros, anestesiologistas, assistentes sociais, psicólogos, ortodontistas, fonoaudiólogos, pediatras e geneticistas. O programa é desenvolvido de forma criteriosa, com avaliações, cirurgias e acompanhamento pós-operatório.
Além da Santa Casa de Maceió, a OSB trabalha em conjunto com a Secretaria de Saúde do Estado de Alagoas, Marinha do Brasil, Associação Brasileira de Cirurgia Craniomaxilofacial, Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Genoma Humano, Ministério Publico de Alagoas e Rede Feminina de Combate ao Câncer.
Tais parcerias garantem o atendimento e a qualidade principalmente no período pós-programa. O programa tem como principal patrocinador a Colgate-Palmolive. Outros parceiros importantes são Johnson & Johnson, Accor, American Airlines, Pepsi e Comerc.
“Temos o cuidado de nos preocupar com o programa por inteiro. A OSB vai além da cirurgia, montamos uma grande estrutura para receber os pacientes e seus familiares. A Marinha do Brasil nos ajuda na logística, a Rede Feminina oferece alojamento aos pacientes, fazemos uma triagem nos dois primeiros dias e depois selecionamos os casos que serão operados nos demais dias do programa. Em paralelo, disponibilizamos todos os suprimentos e equipamentos médicos para preparar o centro cirúrgico do hospital parceiro e operar os pacientes”, explica Clovis Brito, diretor executivo da OSB.
Todo o material utilizado durante as cirurgias é de alto padrão, em parte doado por empresas, ou adquirido pela organização com critério internacional de qualidade.
O corpo de médicos é previamente selecionado e passa por um treinamento oferecido pela ONG. Os cirurgiões plásticos responsáveis são especializados em fissura labiopalatina e coordenados pela equipe da OSB.
“O processo de credenciamento dos voluntários médicos é coordenado pelo Conselho Médico da Operação Sorriso, visando garantir que tenhamos um time altamente especializado. Parte importante de nosso trabalho é o investimento no treinamento e na capacitação dos profissionais de saúde, visando à auto-sustentabilidade local no atendimento do paciente fissurado, principalmente nas regiões de grande demanda”, declara o Dr. Nivaldo Alonso, cirurgião plástico e diretor médico da OSB.
Desde o início da OSB, em 1997, já foram realizadas mais de 3.300 cirurgias em diversos estados brasileiros.
A cirurgia é relativamente rápida, em média uma cirurgia no lábio demora em torno de 45 minutos e na manhã após a cirurgia, o paciente está liberado para retornar para casa.
“Estamos preparados para atender cirurgicamente cerca de 70 pacientes. No entanto, é importante destacar que todo paciente que não for contemplado durante o programa deste ano será devidamente avaliado e cadastrado tanto para tratamento em futuros programas da OSB quanto para atendimento no serviço de fissurados local”, declara Clovis.