Deputados envolvidos na Taturana conquistam mais eleitores

Alguns dos deputados estaduais indiciados pela Operação Taturana, desencadeada pela Polícia Federal, em 2007, não só conseguiram se reeleger, mas ampliaram o número de eleitores e retornarão, em 2011, para a Casa de Tavares Bastos.

A operação da Polícia Federal constatou o desvio de mais de R$ 300 milhões dos cofres públicos da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas. Na época, 16 deputados estaduais foram indiciados. Destes, há quem não tenha concorrido ao pleito – como foi o caso de Dudu Albuquerque – e há os que alçaram voos maiores, como Arthur Lira (PP).

Lira se elegeu deputado estadual – em 2006 – com pouco mais de 42 mil votos. Para chegar à Câmara Federal, ele contou com quase 85 mil eleitores. Alguns cientistas políticos acreditavam que as operações federais teriam efeito nas urnas, mas não foi o que se viu, quando foram finalizadas as contagens de votos.

O deputado estadual Antônio Albuquerque (PTdoB) – acusado de ser líder da quadrilha criminosa desbaratada pela Polícia Federal – foi eleito, em 2006, com 40.742 votos. Nestas eleições, Albuquerque ampliou o número de eleitores. Ele detém a “confiança” de 43.304 alagoanos.

Isnaldo Bulhões (PDT) – também indiciado na Taturana – saiu dos 28.645 votos conquistados em 2006 e alcançou – agora, em 2010 – 44.213 mil eleitores. Maurício Tavares (PTB) também mostrou um crescimento significativo. Quando se elegeu pela primeira vez, ele teve quase 28 mil votos. Nestas eleições, o parlamentar chegou a 32.091.

Marcelo Victor (PTB) – que responde por furto de energia – também ampliou a base eleitoral. Se em 2006 ele conquistou uma cadeira com pouco mais de 28 mil votos, agora ele teve 37.379 eleitores ao seu lado.

Menos eleitores

Se há quem ampliou sua base, há também os que perderam eleitores. É o caso de Nelito Gomes de Barros (PSDB). O filho do ex-governador Manoel Gomes de Barros havia se elegido, em 2006, com 28.939 votos. Nelito perdeu eleitores e chegou à cadeira do parlamento com 28.081 mil eleitores.

Outros dois que perderam votos se comparado 2006 com a atual eleição, foram Temóteo Correia (Democratas) e Marcos Barbosa (PPS). O primeiro saiu de aproximadamente 26 mil para 24.756. Já Barbosa, que chegou a ter mais de 25 mil votos, se elegeu com 24 mil.

A queda mais acentuada é de Cícero Ferro (PMN), que perdeu a eleição e não retorna ao parlamento alagoano. Indiciado na Taturana e respondendo por crime de mando, Ferro teve – em 2006 – mais de 42 mil votos. Agora, com apenas 24.055, o deputado estadual fica fora do parlamento por conta do coeficiente eleitoral de sua coligação, que era encabeçada por Fernando Collor de Mello (PTB).

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