Morte de empresário ‘custou’ um computador e R$ 500

Alagoas24Horas/ArquivoClaudemilson Sátiro de Oliveira, o “Mota” ou “Matado”

Claudemilson Sátiro de Oliveira, o “Mota” ou “Matado”

Um computador portátil e a quantia de R$ 500,00. Este teria sido o valor pago pelo assassinato do empresário capixaba Luiz Fernando Mattedi Tomazi, crime ocorrido no dia 14 de setembro, em um trecho da Avenida Leste/Oeste, em Maceió.

Na tarde de ontem, policiais do 9° Distrito Policial prenderam Marcos Paulo da Silva, o Marquinhos, na cidade de Arapiraca. Ele é acusado de ser o autor do disparo que matou o empresário. Segundo informações do chefe de operações do 9° DP, Themildo Duarte, Marquinhos confessou o crime e apontou outro homem, identificado apenas como “Binho”, como seu parceiro na execução de Luiz Mattedi.

“O crime teria custado R$ 250,00 para cada um [Marquinhos e Binho], mais um computador portátil. Durante a investigação, ainda descobrimos que a viúva retirou a aliança do marido após o crime e entregou aos assassinos, como complemento do pagamento”, explicou o chefe de operações.

Cinco pessoas estão presas acusadas de participação no crime. Além de Marcos Paulo, estão presos a esposa do empresário, Hornela Giurizatti, 33 anos – presa no último dia 9 pela Polícia Federal no Espírito Santo; o sócio da vítima, Emerson Raposo Cogo; e mais um casal de traficantes da Grota do Pau D’Arco, no Jacintinho, identificados como Rosineide – conhecida como Neidinha – e seu marido, o Mota.

Ainda segundo as investigações, Emerson teria apresentado Hornela aos traficantes. Neidinha, junto com o marido, teria arquitetado todo o plano para matar o empresário e foi quem fez o contato com Marquinhos em Arapiraca para assassinar a vítima.

O crime – segundo a Polícia Civil de Alagoas – foi cometido para ocultar possíveis problemas conjugais e financeiros que ocorreram na relação de Luiz Fernando com sua companheira, cujo histórico é tumultuado.

Ainda segundo os policiais, Luiz Mattedi teria ingerido chá de erva cidreira com rivotril [tranquilizante] oferecido pela esposa antes do assassinato. “A tentativa de dopar o marido fazia parte do plano, uma vez que Marquinhos já teria tentado executar o plano de assassinato outras duas vezes, mas não teria tido êxito”, completou Themildo Duarte.

Hornela Giurizatti deverá ser trazida do Espírito Santo para Alagoas na próxima sexta-feira. Após o retorno da acusada, o delegado que investiga o caso, Valdor Coimbra Lou, deverá marcar a reconstituição do crime.

O crime

Luiz Mattedi e Hornela Giurizatti foram abordados em seu veículo, um Citroën de cor prata, placa MRA-6383/Colatina-ES, por dois elementos armados em um semáforo próximo a uma faculdade em Cruz das Almas.

Os bandidos teriam obrigado o casal a seguir até as imediações de uma casa de shows na Avenida Leste/Oste, onde mandaram parar o carro e efetuaram disparos contra cabeça do empresário, que não esboçou qualquer reação. Os assassinos ainda teriam afirmado: “Você fala demais”.

Veja Mais

Deixe um comentário