Os 102 municípios do Estado já começam a receber os benefícios com a expansão, recentemente, do Programa do Leite que passou de 53.500 para 63. 500 litros/dia, graças ao esforço do governo de Alagoas em potencializar a distribuição do alimento a gestantes, nutrizes, crianças até 6 anos e idosos sem aposentadoria que ainda vivem abaixo da linha de pobreza.
Com a expansão, o Estado aumentou também sua contrapartida no convênio do Programa do Leite, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). “Com mais 10 mil litros de leite diários na distribuição do programa, Alagoas aumentou o percentual de contrapartida que passou de 26% para 47%, enquanto o governo federal diminuiu sua participação de 74% para 53%”, destacou a gerente de Programas Especiais do Programa do Leite da Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Agrário (Seagri), Andreia Ribeiro Oliveira.
Para Andreia, com mais de 10 mil litros de leite na distribuição diária, o Estado também vislumbra expandir o número de beneficiados na comercialização do produto que são os pequenos produtores diretamente ligados à agricultura familiar. “Atualmente, o Estado conta com cinco associações de produtores, mas diante da expansão do programa a tendência é de que aumentemos o número de produtores a ser beneficiados, consequentemente incrementando também o número de associações”, avaliou a gerente.
“Cabe destacar a importância da aquisição do leite que a partir do ano 2008 passou a ser adquirido diretamente do agricultor familiar proporcionando maior crescimento, ofertando preço justo, com maior estabilidade econômica e financeira, além de integrar os agricultores através de associações ou cooperativas”, complementa Andreia Ribeiro.
Um dos parceiros na logística de distribuição do leite nos 102 municípios na qualificação junto a produtores e nas empresas credenciadas é a Cooperativa de Produtores de Leite de Alagoas (CPLA), responsável por pasteurizar, industrializar e distribuir os atuais 63 mil 500 litros de leite para famílias carentes dos 102 municípios de Alagoas.
”Podemos seguramente afirmar que com esses novos dez mil litros ao dia introduzidos no Programa, o volume de negócios vai injetar R$ 4 milhões e 800 mil no setor, o que é uma vitória para todos que integram o programa, como o governo do Estado, os agricultores e as empresas de laticínio”, comemora Aldemar Monteiro, presidente da CPLA.
Atualmente, segundo Paiva, compõem a cooperativa cerca de 3 mil e 200 agricultores e 17 empresas de laticínio. Segundo ainda informações da gerente do Programa do Leite no Estado, o governo de Alagoas já vai abrir credenciamento para novos produtores que queiram participar do programa.
Logística – Para assegurar a produção e qualidade do leite, a Seagri tem fornecido assistência técnica aos agricultores familiares e motivado a formação de novas associações entre eles, como é o caso da Samambaia, onde os produtores já dispõem de tanque de resfriamento, para armazenamento do leite.
Para auxiliar na distribuição, o Programa do Leite conta com vários parceiros voluntários espalhados por todas as cidades, entre eles, igrejas, associações de bairros, prefeituras e a pastoral da criança. Cada família assistida recebe 1 litro de leite por dia e essa distribuição é feita seguindo os critérios estabelecidos pelo Programa.
Entre os benefícios trazidos pelo Programa do Leite às famílias pobres estão a contribuição para a diminuição da mortalidade infantil; melhora as condições da gestante na hora do parto e auxilia no desenvolvimento mental das crianças em idade escolar. Sem falar, que o leite doado é, para muitas crianças, o único alimento do dia.
O Programa do Leite existe em dez estados brasileiros. Em Alagoas, quando foi criado, distribuía inicialmente 5 mil litros por dia, depois atingiu a marca de 53.300 litros doados diariamente e agora chega a 63. 500 litros/dia .
Toda família que tiver uma renda total inferior a meio salário mínimo e estiver dentro dos critérios que o Programa estabelece, poderá receber a doação. Para isso, deve procurar um ponto de distribuição e fazer um cadastramento. Estes pontos estão espalhados em todos os municípios do Estado, através dos escritórios regionais da Seagri.