Parecia ser uma reprise da partida do meio da semana, quando o Palmeiras enfrentou o Universitario de Sucre, pela Sul-Americana. Como no jogo na Bolívia, o Alviverde saiu na frente ainda no primeiro tempo, em cobrança de falta de Marcos Assunção, o especialista do time. Mas o Ceará resolveu mudar o roteiro final e mandou por água a esperança da torcida alviverde de encostar no G-3 do Brasileiro. Na noite deste domingo, na Arena Barueri, o 1 a 1 foi um castigo para o time paulista e um alento para o Ceará, que tenta se recuperar na competição – Geraldo anotou de pênalti.
Mesmo com o empate, o Palmeiras segue com uma boa série no Brasileiro. Sem perder desde o dia 19 de setembro, quando foi derrubado pelo São Paulo no Pacaembu, o time de Luiz Felipe Scolari tem agora uma sequência de sete partidas sem derrotas – foram quatro vitórias e três empates. Os 44 pontos, porém, mantém o time na nona posição do Nacional.
Na próxima rodada o Palmeiras tem o clássico com o Corinthians, no domingo, Antes disso, a equipe decide a vaga às quartas de final da Sul-Americana com o Universitario de Sucre, também na Arena Barueri.
Já o Ceará, que tem 39 pontos na 12ª posição, recebe o São Paulo, domingo, no Castelão.
Assunção. Sempre ele
Na casa que assumiu como sua, o Palmeiras procurou pressionar logo de cara. No primeiro minuto de jogo, Marcos Assunção cobrou falta na lateral direita do campo e Lincoln só não alcançou a bola porque João Marcos chegou antes. Mas, com o passar do tempo, o Alviverde aparecia com mais posse de bola, mas sem aproveitar as oportunidades.
O Ceará, que só tinha Magno Alves como sua principal aposta, procurava fechar o meio-campo, tornando o jogo mais truncado. E o Palmeiras sentia a falta de Kleber e Valdivia, dupla que esteve fora do compromisso por ter recebido o terceiro amarelo na partida com o Botafogo.
Mas se faltava um Gladiador ou “magia” em campo, o Palmeiras se virou com outra especialidade: a bola parada. E na jogada que tem sido a salvação da equipe em muitas partidas – vide a vitória no meio da última semana, quando o time bateu o Universitario de Sucre, na Bolívia, por 1 a 0.
Pois quando Tinga sofreu falta próxima a grande área, os torcedores na Arena Barueri já se assanharam. Era a vez de Marcos Assunção, que ainda não havia arriscado um chute direto para o gol, começar todo o seu ritual. Meias, chuteira direita bem amarrada e alguns passinhos para trás e a torcida palmeirense já comemorava. Foi o oitavo gol do volante na temporada pelo clube. Foi o sétimo em cobranças de falta. A vitória começava a ser desenhada pelos pés do especialista, aos 45 minutos do primeiro tempo.
– É sempre assim. A mesma coisa. Os caras se jogam, o juiz dá falta e o Marcos Assunção bate – reclamou o meia Geraldo, do Ceará.
Ceará empata
Na segunda etapa, o Palmeiras seguiu com mais posse de bola, mas sem conseguir penetrar pela defesa do Ceará. E a emoção só vinha nas bolas paradas, com Marcos Assunção. Cansado e pendurado para o clássico com o Corinthians, marcado para o próximo domingo, o volante artilheiro foi sacado por Luiz Felipe Scolari para a entrada de Pierre. E saiu aplaudido.
O Ceará, por sua vez, continuava esticando as bolas para Magno Alves, mas sem sucesso. Em uma das poucas oportunidades que o time nordestino teve, Reina acertou a trave direita de Deola.
Depois que Assunção deixou a partida, o Palmeiras perdeu poder de fogo. E se lembrou com saudades de Kleber e Valdivia em campo. O 1 a 0 começou a ficar ameaçado. E logo se transformou em empate.
Magno Alves foi derrubado na área por Márcio Araújo e recebeu o pênalti. Geraldo cobrou no meio do gol e decretou o 1 a 1, acabando com as pretensões do Alviverde de encostar no G-3 do Nacional.
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