Felippe Aníbal atualizado
Um menino de 10 anos foi internado, na tarde de segunda-feira (18), com um quadro de intoxicação, depois de ter comido um pedaço de um bombom de chocolate durante o intervalo das aulas, no colégio Integração Comunitária, em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, sob a suspeita de que o doce tenha sido envenenado.
Pouco depois das 15 horas de segunda, logo após o recreio, o garoto – aluno da 4ª série – retornou à sala de aulas, mas começou a passar mal. "Ele começou a tremer bastante, começou a suar, a sentir ânsia e a vomitar", contou a professora Janete Zageski, em entrevista ao telejornal ParanáTV, da RPC TV.
O aluno foi encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Evangélico, em Curitiba, onde deu entrada com complicações neurológicas e respiratórias e com vômitos e diarreia. “Ele chegou com um quadro bastante complicado. Todos estes sintomas são típicos de um caso de intoxicação”, disse, nesta terça-feira (19), o médico Gilberto Pascolat, que integrou a equipe que prestou atendimento ao paciente.
De acordo com o médico, o menino foi submetido a medicação para reverter a intoxicação e respondeu bem o tratamento. Por volta das 16h30 desta terça, o estado de saúde do paciente era estável e o garoto estava fora de perigo. Pascolat disse que o paciente estava consciente e contou como o caso ocorreu. “Ele [o garoto] disse que deu uma mordida em um bombom que estava na mala dele. Quando começou a mastigar, ele sentiu um gosto amargo e, em seguida, começou a passar mal”, relatou o médico.
As investigações da Delegacia de Campo Largo apontam que havia dois bombons na mochila do menino. Segundo a polícia, os produtos eram artesanais e estavam embalados em um plástico vermelho. O doce que ele começou a comer e o outro, que está intacto, foram encaminhados ao Instituto de Criminalística (IC), que vai analisar se estão envenenados ou contaminados. Uma amostra de sangue do garoto foi coletada e encaminhada para análise.
O pai da vítima, o metalúrgico Nilson Martins, disse que o filho é bom aluno e que não tem inimizades. “Ele é uma criança normal. Gosta de videogame, de computador. Não é peralta”, resume o pai. Martins, que passou a noite com o menino no hospital, acrescentou que o filho não viu quem colocou os bombons na mochila. “Deve ter sido um grande mal entendido. Não acredito que alguém tenha feito uma coisa dessas de caso pensado”, disse o metalúrgico.
O superintendente da delegacia, Juscelino Aparecido Bayer, informou que a polícia ainda não sabe quem colocou os doces na mala do aluno. Segundo Bayer, a diretora do colégio afirmou que o menino é um bom aluno e que não teria problemas com os colegas. “Aguardamos que a vítima receba alta médica, para que possamos ouvi-lo. O laudo do IC também será muito importante, para saber se o caso se trata se um envenenamento”, disse Bayer.
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