Empate para o tempo avaliar: Flu fica no 0 a 0 contra o Inter

Foto: Agência Photocâmera)Washington para em Índio: empate sem gols no Beira-Rio

Washington para em Índio: empate sem gols no Beira-Rio

Só o tempo dará o real valor do empate conquistado pelo Fluminense na noite desta quarta-feira, no Beira-Rio. Só em 5 de dezembro, quando estiver encerrado o Brasileirão, os tricolores poderão determinar se ficar no 0 a 0 com o Inter valeu o ouro do título ou a ferrugem da decepção. Para os colorados, o amargor é claro na quinta partida seguida sem vitória no Brasileirão. Pensar em título virou utopia.

O Fluminense pulou para 58 pontos. Mas roubar um ponto do Inter, invicto há 15 jogos no Beira-Rio, não é pior resultado do mundo. O Colorado, dono de boa parte da partida, foi a 50, ainda na sexta colocação, virtualmente eliminado da possibilidade de ser campeão.

Os cariocas ficam de olho no fechamento da rodada e voltam a campo no domingo para o clássico contra o Vasco. Os gaúchos, um dia antes, visitam o Atlético-GO.

Nem D’Ale, nem Conca no primeiro tempo

D’Ale dominou, driblou, armou, correu. Conca recebeu, fintou, criou, incomodou. Mas nenhum dos craques conseguiu ser decisivo no primeiro tempo. O Beira-Rio, enfeitado pelo palco que receberá show de Paul McCartney no domingo, abrigou 45 minutos agitados, com erros e acertos, com avanços e retrocessos, com chances criadas e perdidas. Mas não viu gols na etapa inicial.

As melhores chances foram do Inter. O problema é que parecia ter um decreto assinado pelas duas partes, em quatro vias, proibindo a bola de entrar. Diguinho, em cima da linha, cortou cabeceio de Alecsandro. Ricardo Berna, no meio do gol, abafou testada de Índio. A trave, em conclusão de Alecsandro após Berna espalmar chute de Sobis, barrou outra vez o grito de gol dos vermelhos. E o goleirão tricolor salvou mais uma em conclusão de Giuliano, após tabelamento com Sobis. Chances, chances e mais chances. E nada de gol.

O Flu esteve sempre presente no ataque. Mas teve contundência nula. Sempre que pintava uma chance, saía ou um chute fraquinho, daqueles que fazem o boleiro ter vontade de cavar um buraco no gramado e pular dentro, ou uma conclusão torta. Nem Conca, nem Marquinho, nem Fernando Bob conseguiram vazar Renan.

No Inter, Giuliano criou pouco. Mais errou do que acertou. D’Alessandro, bem marcado, teve vitória pessoal discreta sobre seus caçadores. Sobis correu, lutou, insistiu. Alecsandro, isolado, buscou a bola fora da área. No Flu, Marquinho e Conca se revezaram na criação, sempre lidando com uma marcação dura do Inter. Guiñazu e Wilson Matias levaram cartão amarelo e correram o risco de expulsão antes mesmo de terminar o período inicial.

Tudo na mesma: 0 a 0

De nada adiantou Gum mandar uma pancada por cima do gol. Foi inútil Marquinhos, do Inter, bater cruzado. Sem valia os cabeceios dos xarás Leandro Euzébio, espalmado por Renan, e Leandro Damião, defendido por Berna. Estava na cara que o jeito era aceitar o 0 a 0.

O segundo tempo foi uma cópia reduzida, em emoção, da etapa inicial. O jogo seguiu competitivo, pegado, com busca pelo gol de lado a lado, mas chances ficaram mais escassas. Roth tentou mexer no jogo com Marquinhos e Leandro Damião. Em vão. Muricy sacou Washington, muito discreto, e apostou em Rodriguinho. Por nada. Seguia o 0 a 0.

E seguiu mesmo com Andrezinho. O jogo do Beira-Rio viveu seu momento mais curioso aos 34 minutos do segundo tempo. O meio-campista foi a campo direto para a frente da área do Fluminense. Ali, tinha um falta a bater. O estádio viveu momentos de tensão. Era o meia, especialista em cobranças, contra Berna, em noite muito inspirada. O goleiro venceu. Voo no canto e mandou a bola a escanteio. Logo depois, Damião entrou pela esquerda e bateu cruzado, para fora.

O Fluminense matou o tempo, e o Inter tentou acelerá-lo nos minutos finais. Suor pelo suor. O 0 a 0 era definitivo.

globo.com

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