Lucas Tolentino
O Instituto Médico Legal (IML) concluiu o laudo da causa da morte de Marinalda Araújo Neves Ribeiro, 46 anos, que faleceu durante um procedimento cirúrgico em 9 de julho deste ano.
De acordo com o documento, divulgado nesta manhã de quinta-feira (11/11), a morte da paciente foi causada por embolia pulmonar gordurosa severa, que é o entupimento dos vasos sanguíneos com gordura, o que prejudica a respiração. O médico responsável pela cirurgia será indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Marinalda deu entrada na Clínica Magna, localizada no Edifício das Clínicas, na Asa Norte, para realizar três procedimentos cirúrgicos, uma lipoaspiração, uma lipoenxertia e uma correção mamária. Durante a primeira cirurgia, lipo, correu tudo bem. Em seguida, teve início o segundo procedimento, onde seriam enxertados 200 ml de gordura em cada uma das nádegas da paciente. O laudo do IML aponta que, ao longo desse procedimento, ocorreu a embolia, que levou à morte da tesoureira Marinalda Ribeiro. De acordo com o diretor e perito médico-legista do IML, Malthus Galvão, esse tipo de embolia é comum em procedimento estéticos. "Mas no caso dela, foi de um grau maior o que levou a paciente a morte", afirma.
Após a morte da paciente, o caso começou a ser investigado pela 5ª Delegacia de Polícia (Setor Bancário Norte). Segundo o delegado-chefe, Laércio Rosseto, durante a investigação, ficou constatado que não houve culpa nem da anestesista e nem dos proprietários da clínica. Apenas o médico responsável irá responder pela morte de Marinalda.
Relembre
Marinalda Araújo Neves Ribeiro, 46 anos, morreu às 12h do dia 9 de julho, durante um procedimento na Clínica Magna. Antes da cirurgia, a paciente chegou a realizar todos os exames pré-operatórios e de risco cirúrgico. Uma equipe composta por um cirurgião plástico, dois anestesistas e um instrumentista cirúrgico participaram do procedimento.
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