Dor no peito, palpitação, falta de ar ou desmaio são sintomas que podem levar ao diagnóstico de várias doenças ou ser resultado apenas de um momento de estresse, mas também podem levar à perigosa e fatal morte súbita.
“Os sintomas que precedem a morte súbita podem ocorrer isoladamente ou associados, tanto em crianças como em adultos, mas conceitualmente, a morte súbita é aquela que ocorre de forma inesperada durante à primeira hora entre o início dos sintomas e o óbito”, explica o médico cardiologista da Santa Casa de Maceió, Edvaldo Xavier.
No Dia Nacional de Combate à Morte Súbita e às Arritmias Cardíacas, celebrado no último dia 12 de novembro, Edvaldo Xavier fez um alerta aos portadoras de problemas cardíacos ou coronarianos e principalmente a quem tem casos de morte súbita na família. “Se algum parente próximo da pessoa – quer seja pai, mãe, irmãos, tios e primos – foi vítima de morte súbita e, principalmente, se tinha menos de 35 anos, é preciso procurar um cardiologista para uma avaliação. Nestes casos, existe uma probabilidade de que a doença venha a ocorrer com o indivíduo”, alertou.
Também devem ser avaliados e acompanhados os pacientes com cardiopatias em geral, principalmente hipertróficas; doenças coronarianas; doença de Chagas e as chamadas doenças arrítmicas congênitas, como síndrome de Brugada e de QT Longo, dentre outras que afetam o coração.
Depois de avaliado, o paciente pode vir a receber um cardidesfibrilador implantável (CDI), equipamento que reverte um evento fatal normalizando o rítmo cardíaco. O dispositivo é instalado sobre a pele próximo ao coração.
Estudo – Pela primeira vez no Brasil, pesquisa aponta a incidência de morte súbita na população da cidade de São Paulo: cerca de 21 mil pessoas serão vítimas de morte súbita até o final de 2010 – a maioria delas (90%) em decorrência de problemas cardíacos.
A pesquisa foi uma parceria do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (FMUSP), da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular. Realizado em outubro de 2009, o estudo baseou-se em dados oficiais do Ministério da Saúde, referentes a 2007.
A partir dos números de São Paulo, estima-se que 212 mil pessoas sejam acometidas de morte súbita a cada ano, no Brasil, superando doenças como o câncer.