SÃO PAULO – Um policial militar do Grupo de Operações Táticas Especiais (Gate) é acusado de sequestrar e matar a jornalisra Luciana Barreto Montanhana. O corpo da vítima, sequestrada havia 16 dias, foi encontrado neste sábado, perto de São Paulo
A vítima foi vista pela última vez em 11 de novembro, no estacionamento de um shopping na Zona Sul da capital paulista. Luciana manobrava o carro para sair do local quando ocorreu o sequestro. Naquela mesma noite, a família recebeu uma ligação exigindo resgate.
Os pais da jovem e o noivo acionaram a polícia. O criminoso só fazia contato de orelhão e a cada dia de um lugar diferente. Até que acabou surpreendido, nove dias depois, quando falava de um telefone público na Zona Norte de São Paulo.
A equipe da Divisão Antissequestro da Polícia Civil levou um susto quando se deu conta do criminoso preso em flagrante: um policial militar do Gate, a tropa de elite da PM de São Paulo.
O homem que exigia dinheiro da família de Luciana já recebeu treinamento especial para libertar vítimas de cativeiro. É o cabo Rodrigo Domingues Medina, PM do Gate há mais de dez anos. Ele tentou fugir a pé e, depois, de carro. Trocou tiros com os policiais da Antissequestro, foi baleado nas costas e acabou preso.
Rodrigo está internado num hospital da Polícia Militar. Com ele, foram encontrados o celular e documentos da vítima. Neste sábado à tarde, a Divisão Antissequestro investigou denúncias de cativeiro e confirmou ter encontrado o corpo de Luciana Montanhana nas margens de uma estrada, que dá acesso à Baixada Santista.
– Ele, para se livrar do corpo, acabou optando por jogá-la aqui – declarou o delegado Ronaldo Sayeg.
O PM preso confessou que matou a jovem porque ela teria reagido a um assalto. E, mesmo depois do assassinato, Rodrigo Medina ainda tentou, por seis vezes, receber o resgate.
extraonline.com.br