Fernando Vinícius – arquivo aquiacontece.com.br
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Acesso à balsa Tupã durante a procissão de Bom Jesus em Penedo só com crachá
O acesso à embarcação reservada ao transporte da imagem do Bom Jesus dos Navegantes em Penedo neste domingo, 09, será limitado. De acordo com o capitão tenente Tadeu Henrique Santos, que responde pela agência local da Capitania dos Portos, oitenta pessoas poderão embarcar na Tupã, balsa que transporta veículos sobre o Rio São Francisco entre Penedo-AL e Neópolis-SE.
O acesso aos passageiros, devotos do Protetor dos Navegantes, será permitido aos que estiverem com o crachá de identificação, documento distribuído pela comissão organizadora da parte religiosa da maior celebração católica da região do Baixo São Francisco alagoano. A medida pretende evitar a superlotação na embarcação, quantidade de passageiros que chegou a ser bem menor até bem pouco tempo.
Regras seguidas à risca
O oficial que antecedeu o capitão tenente Tadeu Henrique no comando da agência Penedo seguia as normas da Marinha à risca e limitou o acesso à balsa durante a procissão ao número de assentos disponíveis na balsa, quantidade igual a de lugares destinados aos ocupantes dos carros transportados durante a travessia Penedo-Neópolis.
Apesar de respeitar o código e garantir a segurança de passageiros e tripulação, a medida desagradou fiéis e organizadores da procissão. Contudo, o aumento da capacidade de carga humana não satisfez membros da paróquia da Igreja de Santo Antônio, situada em Neópolis, responsável pela celebração ao Bom Jesus no município sergipano. Realizada domingo passado, 02 de janeiro, a procissão fluvial não aconteceu por conta do excesso de fiéis na balsa.
A necessidade de reduzir a quantidade de pessoas na embarcação teria irritado o padre Alaílson, que determinou a retirada da charola da balsa, retornando com a imagem para a margem do rio e prosseguindo com a procissão, dessa forma restrita ao percurso por terra, fato inédito na cidade que tem a honra de abrir a celebração ao Protetor dos Navegantes entre todas as cidades ribeirinhas de Alagoas e de Sergipe, programação que acontece a cada final de semana em uma ou duas cidades e segue até o final de fevereiro.
por Fernando Vinícius