Anderson Silva desabou no octógono do MGM Grand Garden Arena na noite desse sábado (31), em Las Vegas. Às lágrimas, o maior campeão da história do UFC processava tudo o que aconteceu na sua vida nos últimos 399 dias. Spider deixou para trás o pior momento de sua carreira – a fratura na perna direita conta Chris Weidman – e retornou ao octógono com vitória sobre o americano Nick Diaz no UFC 183.
E não conteve a emoção. “Obrigado Deus, por me dar mais uma chance. Minha família, meus filhos, meus verdadeiros amigos, obrigado. É momento muito importante para mim, minha família e todos os brasileiros. Por tudo o que sofri. Achei que não ia voltar a lutar”, disse o lutador radicado em Curitiba, ainda no octógono.
A carga emocional foi ainda maior por causa do ambiente. Dos 13.141 espectadores, praticamente metade era de brasileiros. ‘Silva, Silva’, gritavam, agitando bandeiras verde e amarelas. Os corredores da arena falavam português. E o assunto era um só: Anderson.
Aos 39 anos, não há previsão para Spider voltar a lutar. Aliás, ele ainda não decidiu se isso vai acontecer. “Tenho que conversar com minha família. Meu filho me ligou chorando que não quer que eu lute mais”, falou o peso-médio.
O Aranha é a primeira opção do UFC para a disputa do título da categoria até 84 kg. O combate, no entanto, deve demorar já que o campeão Weidman se machucou e a luta contra Vitor Belfort, que estava marcada para 28 de fevereiro, foi cancelada.
Apesar provocação do rival – que chegou a bizarramente deitar no chão do ringue – Anderson abraçou Diaz ao fim da luta e o elogiou. "Eu respeito o Nick. É um grande oponente. Luto há muito tempo aqui e ele foi um grande oponente. Obrigado Nick, porque foi um grande deste para mim", afirmou.