Por determinação da 7ª Vara Criminal da Capital, a Polícia Civil de Alagoas instaurou cinco inquéritos- com prazo de conclusão de 30 dias- contra o ex-deputado federal Francisco Tenório (PMN). A PC vai investigar a autoria material ou intelectual do ex-deputado- também delegado da Polícia Civil.
A PC designou cinco delegados: Denisson de Albuquerque Souza, Egivaldo Lopes de Messias Valdor Coimbra Lou, Alcides Andrade e Roberto Jorge Lisboa da Silva.
Cada um deles vai investigar um destes crimes: o assassinato de Cícero Sales Belém (morto na tarde de 1º de novembro de 2005, no Tabuleiro dos Martins); José Cícero Pereira (Cícero Pitu), morto em junho de 2006, no Cleto Marques Luz, ele pertenceria à gangue do sargento Raimundo Medeiros; Isailda Ferreira da Silva, assessora parlamentar do ex-deputado federal, morta em setembro de 2001; o fazendeiro José Fernandes Fidélis, morto no dia 28 de outubro de 2005, no módulo III do presídio Baldomero Cavalcanti. Era apontando como mandante de uma chacina em Viçosa e estava condenado a 14 anos de prisão; e o policial rodoviário federal Marcos Antonio Leite Magalhães, morto em 2003.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, alguns destes crimes não foram investigados na época porque Francisco Tenório detinha foro privilegiado e imunidade parlamentar. "Foi uma determinação do juiz Braga Neto, com prazo de conclusão de 30 dias", disse Barenco.
Francisco Tenório foi preso no dia 2 de fevereiro, em Brasília, horas depois de ser considerado ex-deputado. Ele perdeu a eleição e foi preso por agentes da Polícia Federal, a pedido da Polícia Civil de Alagoas, acusado de participar de um consórcio de deputados- entre eles, Antônio Albuquerque e João Beltrão- para matar o ex-cabo José Gonçalves, da PM, morto em um posto de gasolina na Via Expressa, em 1996. Segundo o processo, João Beltrão- hoje foragido da PC- teria mandado matar Gonçalves "por motivo fútil": ele se recusou a matar um desafeto de Beltrão.