Apesar de sofrer alguns sustos no início do jogo, o Coritiba dominou e venceu o Caxias-RS por 4 a 0, na noite desta quinta-feira, no estádio Couto Pereira, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, mantendo a rotina vitoriosa na temporada 2011. Com o triunfo diante dos gaúchos, o Coxa manteve os 100% de aproveitamento na competição, agora em cinco jogos, e ficou bem perto da vaga nas quartas. No jogo de volta, em Caxias do Sul, o time pode perder por até três gols de diferença ou por quatro, desde que marque ao menos um. A equipe grená terá que fazer um feito histórico: golear por cinco de vantagem ou fazer novo 4 a 0 e tentar levar a decisão para os pênaltis.
O Coritiba chegou à marca de 19 vitórias seguidas, apenas duas a menos que o recorde nacional, que pertence ao Palmeiras. Agora, o time alviverde tentará manter a boa fase no Campeonato Paranaense, no confronto com o Roma Apucarana, fora de casa, domingo. Partida em que poderá até garantir o bicampeonato, caso vença e seja beneficiado com um tropeço do rival Atlético-PR, que recebe o Paranavaí no sábado.
Já o Caxias, eliminado do Campeonato Gaúcho, terá duas semanas para se preparar para o segundo jogo com o Coxa, em que dependerá de uma goleada para avançar na Copa do Brasil.
Mesmo fora de casa, o Caxias tomou conta da partida no início. A primeira boa chance até foi do Coritiba, em chute de Léo Gago que passou à direita do gol de Matheus, aos três minutos. Mas depois disso os gaúchos foram para cima e passaram a rondar a área alviverde. Éverton infernizou a zaga adversária e protagonizou o lance mais polêmico do jogo. Aos dez minutos, o atacante invadiu a área e foi desarmado por Leandro Donizete. Os caxienses pediram pênalti, mas o árbitro Antônio Schneider considerou que o lance foi normal.
Três minutos depois foi a vez de Lima arriscar de longe, soltando petardo que deu trabalho para Edson Bastos, em sua primeira boa defesa no jogo. Se o Caxias desperdiçou a chance que teve, o Coxa teve mais competência. Aos 22 minutos, Rafinha fez lançamento perfeito para Davi, que dominou já tirando da marcação antes de bater, da entrada da área, no canto esquerdo de Matheus.
O gol desestabilizou o goleiro do Caxias, que quase tomou um frango em chute de bico de Bill, mas teve a sorte de ver a bola sair rente à trave, aos 24 minutos. No lance seguinte, o goleiro rebateu mal outra conclusão de Bill, mas se recuperou a tempo de salvar o gol de Marcos Aurélio. Na sobra, a zaga evitou novo chute do primeiro.
O Caxias voltou a pressionar e quase empatou em cabeçada de Lima, que Edson Bastos defendeu bem, aos 33 minutos. Sete minutos depois, o Caxias teve chance em cobrança de falta da meia-lua, que Itaqui bateu em cima da barreira. Em seguida Éverton saiu contundido, e o time gaúcho perdeu força ofensiva.
Foi então que Rafinha apareceu para tranquilizar o Coxa. O meia recebeu na ponta esquerda, driblou o marcador e cruzou na medida para Bill surgir por trás da marcação para tocar de sem pulo para as redes do Caxias, aos 42 minutos.
Segundo tempo de um time só
Se no primeiro tempo Rafinha foi garçom, na etapa final precisou de apenas cinco minutos para também deixar sua marca. Após receber excelente lançamento de Léo Gago, o meia invadiu a área e bateu cruzado, ampliando o placar.
O Coxa seguiu pressionando, e Léo Gago quase fez mais um em chute de longe, que passou rente à trave esquerda de Matheus, aos 20 minutos. Apesar das boas tentativas, o volante segue sendo o único titular do time, além do goleiro Edson Bastos, que ainda não marcou gol na temporada.
Aos 25, Rafinha deixou Marcos Aurélio na cara do gol, mas Matheus conseguiu defender, em dois tempos. Edenílson simulou um pênalti, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso, aos 28 minutos.
Aos 34, Anderson Aquino, em seu primeiro lance, tocou para Bill bater sem chances para o goleiro rival, marcando o quarto gol. Na comemoração, o atacante recebeu seu segundo amarelo, deixando o Coxa também com dez jogadores.
A partir daí o Coritiba controlou a posse de bola e trocou passes esperando o tempo passar para celebrar a vitória com a torcida.