O resultado representou a 22ª partida de invencibilidade em 2011. Mas o empate por 1 a 1 com o Horizonte-CE, nesta quarta-feira, não foi, nem de perto, motivo de comemoração. Foi mostrando desorganização e falta de criatividade que o Flamengo deixou o Engenhão após a primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil. Após o apito final, os torcedores vaiaram a equipe de Vanderlei Luxemburgo.
O duelo se repete na próxima quarta-feira, no estádio Domingão, em Horizonte, Ceará. O Flamengo se classifica se vencer ou empatar com placar igual ou superior a 2 a 2. Já o time cearense chega à próxima fase se ganhar ou empatar por 0 a 0. Novo resultado de 1 a 1 leva a decisão para os pênaltis. O vencedor do confronto enfrenta Grêmio Prudente ou Ceará nas quartas de final.
Antes disso, o Fla volta as atenções para a semifinal da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca. Neste domingo, enfrenta o Fluminense, às 16h (de Brasília), no Engenhão. Como já conquistou a Taça Guanabara, se vencer, o Rubro-Negro vai para a decisão contra Vasco ou Olaria, em jogo que pode antecipar o título carioca. Se perder, espera o campeão do returno para conhecer o adversário da decisão.
Mais na transpiração do que na inspiração, o Flamengo começou a partida pressionando a saída de bola do Horizonte. Assustado, o time cearense não conseguia se achar em campo e foi dominado nos primeiros minutos da partida. Em 15 minutos, o Rubro-Negro criou três chances claras de gol, nas quais a zaga adversária mostrava insegurança, tentando se livrar da bola de qualquer maneira.
Assim, pode-se dizer até que o Flamengo demorou a abrir o placar. Aos 17 minutos, Wanderley recebeu a bola de Negueba dentro da grande área, girou sobre o marcador e chutou de pé esquerdo, fazendo 1 a 0. Foi o sexto gol do atacante na temporada, igualando Thiago Neves na artilharia da equipe nesta temporada.
Com Negueba jogando aberto pela esquerda e Ronaldinho e Thiago Neves chegando por trás, o Flamengo procurou manter o nível de pressão para construir um placar confortável. No entanto, aos poucos o Horizonte sentiu-se convidado a conquistar terreno, diante da falta de produtividade rubro-negra. A zaga formada por Welinton e David Braz não transmitia segurança à torcida e aos próprios companheiros em campo.
Ronaldinho caiu de produção, errando até mesmo as cobranças de falta. Thiago Neves pouco aparecia em campo, e Léo Moura quase não subia ao ataque. Sem suas principais armas, o Flamengo passou a sofrer perigo do Horizonte, principalmente com a velocidade do atacante Siloé.
E foi dessa forma que o Horizonte chegou ao empate. Siloé avançou, driblou Welinton e foi derrubado por David Braz na área. O árbitro marcou pênalti, e Elanardo cobrou aos 39 minutos, fazendo 1 a 1. Descontente, a torcida rubro-negra passou a vaiar Welinton, fazendo o Flamengo ir para o vestiário em meio a um clima de insatisfação.
O Flamengo voltou para o segundo tempo com Rodrigo Alvim no lugar de Maldonado. Assim, Renato passou a atuar no meio-campo. Ainda no início da segunda etapa, Vanderlei Luxemburgo decidiu trocar Negueba por Diego Maurício, que tinha o objetivo de fazer companhia a Wanderley no ataque.
As mudanças não mudaram muito o panorama da partida. O Flamengo continuava pouco produtivo no ataque, mostrando poucas opções ofensivas e muita desorganização. As chegadas eram restritas a esforços individuais de Thiago Neves, Ronaldinho e Diego Maurício, mas nenhum deles era suficiente para levar perigo. Do outro lado, o Horizonte tentava se aproveitar dos contra-ataques, principalmente com a velocidade de Siloé, e aproveitava para catimbar e tentar confirmar o resultado de empate.
Na base do desespero, o Flamengo buscou o gol da vitória, mas, desorganizado, não conseguiu criar chances consistentes. A melhor oportunidade foi desperdiçada por Ronaldinho, de cabeça, aos 41 minutos. O Horizonte tentou se aproveitar disso para surpreender nos contra-ataques, mas deixou o campo muito satisfeito com o empate.