A Polícia Civil apura o envolvimento de um parente no assassinato das irmãs Samara Oliveira dos Santos, 14 anos, e Cícera Beatriz dos Santos, 12 anos. Elas estavam desaparecidas há quase um mês e foram encontradas mortas ontem em Coruripe.
Elas desapareceram depois de sair de uma escola municipal na cidade, onde estudavam. O crime chocou Alagoas. O enterro foi hoje, em Coruripe.
O inquérito está sendo conduzido por dois delegados: Fabiana Leão e Josias Luis de Lima. E o nome do parente está sendo preservado porque a polícia recolhe mais provas para transformá-lo em principal suspeito- pedindo a prisão dele, possivelmente no início da próxima semana.
Familiares das irmãs estiveram no Instituto Médico Legal Estácio de Lima para o reconhecimento dos corpos. Pelo laudo cadavérico, as meninas foram mortas com tiros na cabeça. Pelo avançado estado de decomposição dos corpos, não foi possível saber se as meninas foram violentadas ou estupradas.
No IML, a auxiliar de enfermagem Maria Betânia de Oliveira, denunciou que os policiais da cidade não investigaram o crime e trataram os parentes com ironia. “Nunca deram valor aos nossos apelos. A busca foi feita pela família”, disse. “Disseram que estavam em greve e perguntaram se a coisa era muito séria”.
De acordo com a tia das meninas, os corpos foram encontrados a sete quilômetros do local onde elas teriam, segundo testemunhas, entrado em um carro e, logo em seguida, desaparecido. Os corpos foram encontrados por um trabalhador rural- que arava a terra.
“Passamos todas as informações sobre o carro onde as meninas foram vistas e os detalhes. E nada”, disse.
O delegado Geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, não foi encontrado para comentar as acusações. O telefone dele está desligado. Segundo a assessoria, ele está viajando.