O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), Gilberto Irineu, intermediou na manhã desta terça-feira (04/05) uma reunião entre a promotora de Justiça Micheline Tenório, da Promotoria de Justiça Coletiva Especializada de Defesa da Saúde, e os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social (Sindprev). O encontro teve o objetivo de discutir a situação no Hospital Geral do Estado (HGE) após a demissão de 109 prestadores de serviços. Micheline Tenório prometeu dar uma resposta na próxima sexta-feira (06/05) sobre a situação do HGE.
Antes do encontro com a promotora Micheline Tenório, os representantes do Sindprev foram à sede da OAB/AL denunciar suposto caos que estaria se agravando depois da demissão dos 109 servidores contratados provisoriamente pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Eles apresentaram um dossiê com documentos e imagens fotográficas que comprovariam o descaso no HGE, depois da redução do número de funcionários. “A situação é de descaso e desassistência. A superlotação está se agravando. A situação já era difícil e, agora, com a demissão dos cento e nove funcionários não dá para atender a demanda. Estamos selecionando quem vai viver e morrer”, denunciou Olga Chagas, diretora de comunicação do Sindprev.
Após receber as denúncias, Irineu entrou em contato por telefone com a promotora Micheline Tenório e agendou uma reunião. Durante o encontro, Irineu entregou ofício solicitando posicionamento da promotoria junto aos órgãos públicos competentes, com o objetivo de solucionar a situação denunciada pelos sindicalistas. Além do ofício, o presidente da Comissão da OAB/AL entregou ainda as fotos e os documentos que compõem o dossiê elaborado pelo Sindprev. A promotora afirmou que se reunirá nesta quinta-feira (5), com o procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, para discutir o assunto.
“Essa situação de fragilidade na saúde pública, seja no atendimento ou nas condições de trabalho e de higienização das dependências do hospital geral, é um problema que vem ocorrendo há mais de três décadas e que nesse momento torna-se mais agudo quando da ausência da efetivação de políticas públicas da saúde. Vamos acompanhar essa situação de perto”, disse Irineu.