As estratégias e ações desenvolvidas pelo governo estadual na área da saúde nos municípios atingidos pelas últimas chuvas serão avaliadas nesta segunda-feira, às 9h00, durante reunião no auditório da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, com prefeitos e secretários municipais de Saúde. O encontro que contará com a presença de representantes do Cosems e AMA, contará ainda com a participação do secretário estadual de Saúde, Alexandre Toledo e terá como finalidade reforçar as atividades que já estão sendo realizadas pela Sesau desde a noite da sexta (29) de abril.
A partir do momento que a Coordenação Estadual de Defesa Civil divulgou situação de emergência em alguns municípios alagoanos, técnicos das diretorias de Vigilância Epidemiológica, Saúde Ambiental, Atenção Básica e Saúde Mental, começaram monitorar e percorrer as cidades inundadas, traçando diagnóstico das necessidades emergenciais dos desabrigados e desalojados.
Os técnicos da Sesau vêm orientando aos profissionais de saúde dos municípios que diante dessa situação de emergência, basta encaminhar as necessidades na área de saúde para que as medidas sejam adotadas. Vários municípios já receberam kits básicos de medicamentos com soro oral, venoso, material para curativos, etc. Também foram disponibilizadas para a Defesa Civil, desde o dia 30 de abril, caminhonetes traçadas para facilitar ida aos locais de difícil acesso.
Ainda de acordo com a Sesau, em cada município foi criada uma comissão para informar possíveis surtos de doenças aos técnicos do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs). O objetivo é monitorar o surgimento de problemas de saúde, eliminando precocemente e reduzindo os efeitos nocivos nos moradores dos municípios atingidos, já que eles estão fragilizados por terem ficado desabrigados ou desalojados.
O superintendente de Atenção à Saúde, Vanilo Soares, informou que determinou a Diretoria de Assistência Farmacêutica (DAF), que adote todas as providências para atender aos municípios alagoanos afetados pelas chuvas, principalmente as cidades do Litoral Norte. Segundo a coordenadora da Vigilância Ambiental, Elizabeth Rocha, a população deve adicionar hipoclorito na água de beber e cloro líquido para fazer a higienização de prédios e residências. “Esses dois produtos são distribuídos pelas secretarias municipais de Saúde, caso não tenham disponível basta oficializar pedido à secretaria estadual de Saúde”, orientou.
Nesta sexta-feira (6), os técnicos percorreram os municípios de Japaratinga, Colônia de Leopoldina, Porto de Pedras, Paripueira, São Luiz do Quitunde e Jacuípe. As ações estão ocorrendo de forma integrada, com técnicos da Defesa Civil Estadual e da Secretaria de Estado da Assistência Social (Seads), visando reforçar as ações de prestar assistência ágil e eficiente à população.
Vacinação – Quanto a Campanha de Vacinação contra a Gripe, iniciada no último dia 25 de abril, a Sesau ainda irá analisar se poderá prorrogá-la ou não, pois segundo o Ministério da Saúde (MS), as ações devem ser encerradas no próximo dia 13 de maio. No entanto, segundo a coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunização (PNI), Denise Castro, técnicos da Sesau estarão visitando os municípios afetados pelas chuvas, visando vacinar os desalojados e desabrigados.
“Estamos montando uma força-tarefa para percorrermos os nove municípios onde foi decretado estado de emergência, a fim de vacinarmos as pessoas atingidas pelas chuvas. Iremos trabalhar para que não precisemos prorrogar a Campanha de Vacinação contra a Gripe, mas iremos analisar esta hipótese com o Ministério da Saúde”, informou.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Toledo, as ações visam evitar doenças de veiculação hídrica, a exemplo da Leptospirose, diarreia, entre outras, atender possíveis feridos, analisar a qualidade da água consumida pelos desalojados e desabrigados, verificar se unidades de saúde foram danificadas e prestar assistência psicológica as vítimas dos efeitos destruidores das chuvas.
“Assim como ocorreu no ano passado, quando as chuvas provocaram destruição em vários municípios alagoanos e deixou 15 em situação de calamidade pública, estamos atuando para minimizar o sofrimento das vítimas. Para isso, mobilizamos com os técnicos de áreas estratégicas, que trabalham na prevenção e na saúde curativa, como preconiza o Sistema Único de Saúde (SUS) assim como determinou o governador Teotônio Vilela Filho”, frisou o titular da pasta da Saúde.