Apenas 2% dos homicídios em Alagoas são solucionados. Os dados são do relatório Mapas da Violência 2011, divulgado pelo Ministério da Justiça. Segundo o coordenador Julio Waiselfisz, no Brasil, apenas 8% (50 mil homicídios, por ano) tem autor preso. Ou descoberto.
Em 2007, são pelo menos 100 mil assassinatos sem solução.
Falta de infraestrutura das polícias técnicas, sucateamento das delegacias, déficit no número de investigadores e a burocracia- com a não-integração de delegados, promotores e a Justiça.
Para agilizar as investigações, o Conselho Nacional do Ministério Público criou, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça, o Ministério da Justiça e os governos estaduais, a
Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), chamada de Meta 2.
O objetivo é tentar concluir inquéritos abertos até dezembro de 2007. Na sexta-feira, já eram 95.272 casos de crimes sem conclusão no país. Mas o número passará dos cem mil, já
que 16 estados vão apresentar hoje relatórios com a estatística atualizada.
A missão de cumprir a Meta 2, porém, será difícil. O prazo dado às polícias para encerrar os casos nos estados com mais de quatro mil inquéritos em andamento terminaria em julho,
mas já foi prorrogado para o fim de dezembro por causa da demanda.
Em Alagoas, são quatro mil inquéritos acumulados em uma delegacia- a Central de Inquéritos Pendentes. O Estado lidera o número de assassinatos no País.
Até o ano de 2007, são mais de 900 assassinatos, apenas em Maceió, até 2007, sem esclarecimento.
A proposta é que estes inquéritos sejam encerrados até 31 de julho.