Os vereadores da Câmara Municipal de Maceió abriram os trabalhos – na sessão desta terça-feira, dia 10 – com fortes críticas à estrutura da segurança pública estadual. O vereador Oscar de Melo (PP), no uso da tribuna, destacou os números de homicídio em Maceió. O tema tem sido recorrente no “parlamento-mirim”.
O tema foi trazido ao plenário – desta vez – pelo vereador Marcelo Malta (PCdoB), que criticou o fim da Especializada de Roubos e Furtos. De acordo com ele, a Polícia Civil de Alagoas não tem “banco de dados” com informações sobre assaltantes. “Esta descentralização é um absurdo. Não há informações. Há um caos na segurança pública. O sinal está amarelo e precisa de uma ação urgente”, colocou.
De acordo com Malta, ainda há “esperança de que o poder público reaja”. “As entidades estão clamando por ações dos gestores da segurança pública. Não é só a ação de alguns agentes da segurança pública individualizada, como do coronel Batinga que tem feito um bom trabalho. É preciso de um empenho coletivo do governo”, salientou Marcelo Malta.
“É fundamental a preparação e atenção especial nos recursos humanos dos agentes da segurança pública, mas é preciso programas de inclusão social”, frisou ainda. Oscar de Melo – em aparte – concordou com o posicionamento de Malta e citou a morte de trabalhadores em latrocínios, “como o caso envolvendo a morte de um cobrador de ônibus durante um assalto”.
De acordo com Melo, a estrutura da segurança pública passa por problemas sérios. “Há investimentos altos e obras que não ficaram prontas. A estrutura tem problemas. Vejam o absurdo. Um homem que foi assassinado às 14h30 no Tabuleiro do Martins só foi recolhido ao Instituto Médico Legal Estácio de Lima nove horas depois. Isto mostra os problemas na estrutura. Há equipamentos adquiridos que não possuem manutenção”, colocou.
Marcelo Malta ao retomar a palavra colocou ainda que o protesto dos transportadores rodoviários – feito na manhã de ontem, em função da morte de um companheiro de trabalho – foi um sinal de alerta para o poder público.