A sensibilidade é um dom ou apenas mais uma maneira de sofrer?
Para que me vale ler olhares se eles me dizem o que não é para eu saber?
Olhares fugazes, eu os vejo.
Além do real? Não sei, apenas vejo.
“O que é demais nunca é o bastante.”
E o que eu sou?
Metade de algo que ninguém encontrou?
Busco a perfeição, mas talvez não seja o caminho.
Perco-me pensando em “como, quando, quem?”
O pouco que sofri não me era merecido.
Não faço nada de mais para não viver em paz
E o medo é meu amigo.
Quando eu estiver errado em sonhar
Esse não mais será o meu lugar.
Sou apenas mais um em busca do que ainda não encontrou.
E não busco nada perfeito.