Em Maceió para participar de uma reunião na Câmara Municipal, o deputado federal alagoano Aldo Rebelo, que é do PCdoB de São Paulo, concedeu entrevista à Rádio Gazeta sobre a polêmica votação do Código Florestal, que foi adiada na terça-feira passada. Na ocasião, o deputao chegou a bater boca com a ex-senadora Marina Silva (PV).
“Avançamos o suficiente para aprovar, já que apenas um destaque foi feito. Não há mais motivos para protelar a votação”, disse, explicando que o destaque que adiou a votação diz respeito a decisão sobre de quem será a responsabilidade por determinar as áreas de preservação permanente.
“Acredito que é mais lógico que o Estado faça isso, e uma parte da bancada concordou, por isso o líder do governo pediu a obstrução da matéria”, afirmou.
Perguntado sobre o que muda com o novo Código Florestal – em relação ao decreto que já existe – o deputado disse que o código irá deixar o meio ambiente mais protegido, já que os agricultores terão mais facilidade para cumprir a legislação, que hoje está suspensa.
Bate boca
Na noite de terça-feira, 11, durante o debate, na Câmara Federal, para votação do projeto de lei que muda a legislação ambiental, a ex-senadora Marina Silva (PV) postou em sua página no Twitter que Rebelo – relator do novo Código Florestal – apresentou um novo texto, minutos antes da votação.
Rebelo reagiu dizendo que não fraudava texto, “ao contrário do marido da ex-senadora, Fábio Lima, que fraudou contrabando de madeira”, acusou, referindo-se a denúncias sobre o suposto envolvimento de Lima em fraudes contra o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).
A ex-senadora do PV Marina Silva rebateu dizendo que as acusações eram uma cortina de fumaça para desviar o foco do que realmente interessa: os retrocessos promovidos na legislação ambiental com o novo código.
Ela disse também que as acusações contra seu marido ocorreram na época em que ela era ministra, e visavam deter o combate feito pelo Ministério aos crimes ambientais.
Reforma Política
Aldo Rebelo veio a Maceió representando o seu partido, um dos supostamente ameaçados pela reforma política que está no Congresso Nacional. Além dele, representantes de outros partidos se reúnem nesta tarde para discutir o assunto na Câmara Municipal, à convite do vereador Sílvio Camelo (PV).
Os representantes dos pequenos partidos pretendem elaborar uma frente nacional para debater o assunto.