O Hospital Geral do Estado (HGE) confirmou, até às 22h deste sábado, o atendimento de mais de 170 pessoas em decorrência de intoxicação por cloro, após suposta explosão e vazamento dentro da Braskem. O vazamento, cuja origem ainda não foi divulgada oficialmente, afetou moradores de vários bairros de Maceió, principalmente os residentes no entorno da Praça Pingo D’Água, no bairro do Trapiche da Barra.
Segundo a assessoria de comunicação da Braskem, o grande número de atendimentos se deu devido ao ‘estado emocional dos moradores’. Um boletim médico deve ser divulgado nas próximas horas com o balanço dos atendimentos na unidade de emergência. A assessoria de comunicação da Braskem não informou, no entanto, se há trabalhadores feridos devido ao vazamento.
Pelo menos 20 crianças estão internadas no HGE. Outras 25 foram transferidas para a Clínica Dayse Breda. Uma delas está em estado grave, mas estável, segundo informações repassadas por servidores do hospital.
Em entrevista à imprensa, o diretor-técnico do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Ricardo Cesar, que teve acesso às instalações, confirmou a ocorrência de uma explosão seguida por vazamento de cloro. Segundo César, a ocorrência de ventos no quadrante sul provocou a disseminação da substância tóxica na região da Praça Pingo D’Água, onde foi registrado o maior número de pessoas intoxicadas.
César informou que o vazamaneto já teria sido contido e que na próxima segunda-feira, 23, o IMA deverá avaliar as condições dos tanques na Braskem para avaliar se alguma norma de segurança foi descumprida. Outro ponto que deverá ser investigado deverá ser quanto à eficiência do Projeto de Alerta e Preparação de Comunidades para Emergências Locais (APELL), que não parece ter funcionado a contento na noite deste sábado.