O governador Teotonio Vilela Filho participou, nesta segunda-feira (23), da reunião com a Subcomissão Permanente de Desenvolvimento do Nordeste, que integra Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado (CDR). O encontro ocorreu durante toda manhã, no auditório da Casa da Indústria Napoleão Barbosa, e reuniu lideranças de Alagoas e do governo federal para debater acerca dos problemas do Estado, bem como encontrar medidas para reduzir os indicadores negativos de Alagoas.
No evento, o governador falou sobre a posição que o Estado tem ocupado nos últimos anos, com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. "Figuramos entre os três mais sofridos estados da Federação nos demais rankings de dificuldades", observou.
O governador disse que, apesar de todas as dificuldades, o governo tem se empenhado para superá-las na tentativa de retomar o desenvolvimento, lembrando os avanços já obtidos nos últimos cinco anos de gestão. No entanto, o governador disse que Alagoas depende da ajuda do governo federal.
Teotonio Vilela falou das 52 indústrias instaladas em Alagoas, de mais 20 empreendimentos comerciais e 25 hotéis, além dos projetos de grande porte como o Estaleiro Eisa – que será instalado em Coruripe; a mineração Vale Verde, que ficará no Agreste, e a nova planta de PVC da Braskem, que representa um investimento de R$ 1 bilhão.
"Estas realizações empresariais trouxeram para Alagoas investimentos da ordem de R$ 4,5 bilhões. Interrompemos, assim, um clico vicioso de imobilismo e estagnação que marcava nosso cenário econômico há, pelo menos, três décadas", observou o governador.
O chefe do Executivo alagoano também apresentou as metas do Alagoas Tem Pressa, ressaltando objetivos como alavancar a economia e a capacidade de investimento do Estado, equilibrar as finanças públicas, tornar o Estado mais compacto em todas as ações e ajustar metas e resultados – tudo visando a erradicação da miséria em Alagoas.
"Temos 700 mil alagoanos sob a miséria extrema, dependentes de programas sociais como o Bolsa Família, e mais 970 mil cidadãos sobrevivendo na linha de pobreza às custas de um salário mínimo. Nossa meta é tirá-los, totalmente, dessa realidade de pobreza e de pobreza extrema pelo menos até 2022. O ideal seria fazermos isso até o fim de 2014 – e vamos insistir nisto", sintetizou.
O governador chamou a atenção para a necessidade de obedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal visto que, graças a isso, Alagoas recebeu investimentos de instituições nacionais e internacionais, ressaltando ainda a dificuldade com os altos juros da dívida pública. "Mas a inadimplência, repito, não é nossa opção. Reconhecemos a dívida. Queremos pagá-la, mas precisamos de condições adequadas para tal. Ou de uma anistia, o que seria melhor, evidentemente. Mas ser inadimplente como política, jamais", afirmou.
Sobre a segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2),Teotonio Vilela defendeu a ampliação de projetos e financiamentos para Alagoas. "Aqui necessitamos, urgentemente, de novos e maiores aportes para a infraestrutura, notadamente em água e saneamento e para os sistemas viários. Essas são bandeiras estratégicas para o povo alagoano. Não estamos a pedir nada em termos de privilégios ou de políticas de ocasião. Estamos propondo estratégias locais integradas à estratégia nacional", enfatizou.
O evento contou também com a presença do vice-governador, José Thomaz Nonô; do senador Wellington Dias, presidente da Subcomissão Permanente de Desenvolvimento do Nordeste; dos senadores Benedito de Lira e Fernando Collor, entre outros integrantes da bancada federal.