Vereador defende fim da manipulação do amianto em Maceió

Os acidentes registrados no fim de semana na indústria Braskem provocaram a visita de uma comissão de vereadores, formada pelo presidente da Câmara Municipal, Galba Novaes (PRB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Ricardo Barbosa (PSOL), Marcelo Malta (PC do B) e Théo Fortes (PT do B) o convite à direção da empresa para prestar esclarecimentos no plenário da Casa, na sessão ordinária desta terça-feira (24). Os vereadores estiveram no Hospital Geral do Estado (HGE) na noite do último domingo (22) para acompanhar de perto a situação das vítimas.

O vereador Ricardo Barbosa declarou que o convite foi motivado pelo fato de a Braskem funcionar no território do município de Maceió, sendo nesse caso de responsabilidade dos legisladores da capital a responsabilidade na fiscalização de diversos aspectos relacionados ao funcionamento da empresa. “Enquanto estivemos no HGE, constatamos mais de 170 atendimentos, todos de pessoas intoxicadas. A empresa precisa ser responsabilizada pelos acidentes”, afirma Barbosa.

Ainda de acordo com Ricardo Barbosa, a visita dos representantes da Braskem será acompanhada, também, do sindicato que representa os trabalhadores. “Convidei pessoalmente o sindicato dos Petroleiros e Químicos, regional Alagoas e Sergipe, para termos não apenas a versão empresarial”, ressalta Ricardo Barbosa.

AMIANTO
Paralelamente ao caso, o vereador Ricardo Barbosa apresenta, nesta terça-feira, projeto de lei que visa proibir a manipulação e uso do amianto no território de Maceió. Caso seja aprovado, o projeto vai proibir que a própria Braskem utilize o produto na sua planta de produção.

Conforme Barbosa, projeto idêntico já foi aprovado e é lei em municípios como Salvador (BA) e São Paulo (SP). Nesses locais, a Braskem baniu o amianto de sua linha de produção. “Ou seja, basta existir a lei para que a empresa se enquadre. Como isso nunca foi discutido em Maceió, a empresa continua trabalhando normalmente com o amianto. Esse projeto visa proteger a saúde da população, visto que comprovadamente, o amianto é um produto cancerígeno. Então, diante desse momento em que se demonstra o risco e o perigo que representa a Braskem, apesar de sua contribuição em termos de arrecadação de impostos para o Estado e o município”, completou Ricardo Barbosa.

A sessão que contará com representantes da empresa e dos trabalhadores está marcada para começar no plenário da Câmara, a partir das 9h.

Fonte: Delane Barros/Assessoria

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