Ciclista foi levado ao Hospital das Clínicas, mas morreu em seguida
O motorista de 53 anos que atropelou na manhã de ontem (13), o executivo da Lorenzetti Antonio Bartolucci, de 68 anos, contou à polícia que não viu o ciclista no momento em que fazia uma curva para pegar uma alça de acesso à Avenida Sumaré, em Perdizes, Zona Oeste de São Paulo. A informação, divulgada pela Secretaria da Segurança Pública, consta do boletim de ocorrência feito pelo 14º DP (Pinheiros). Bertolucci morreu assim que chegou ao hospital.
De acordo com o boletim de ocorrência, o motorista do ônibus de turismo contou que, ao fazer a curva, ouviu um barulho e viu pelo retrovisor o executivo caído. A vítima, socorrida ao Hospital das Clínicas às 9h35, foi atingida pela roda dianteira do veículo. Bertolucci, que deixa mulher e seis filhos, era presidente do Conselho de Administração da Lorenzetti.
O acidente ocorreu perto da Praça Caetano Fraccaroli. Agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestaram o socorro. “Ali não tem sinalização nenhuma. É um ponto crítico porque a rotatória é estreita. O ciclista tem que ir para o meio da rua para ser notado”, contou Aline Cavalcante, integrante da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade). Para ela, os motoristas não costumam dar passagem às pessoas que se locomovem de bicicleta. “Dez segundos de tolerância podem salvar uma vida”, afirmou Aline.
O advogado Albert Pellegrini, também integrante da Ciclocidade, contou que Bertolucci tinha 15 bicicletas e usava esse meio de transporte todo dia. “Era um ciclista experiente, viajava para fazer passeios com bicicleta, trilhas.”
Pelo Twitter ciclistas organizaram um protesto no local onde Bertolucci foi atropelado.
