Com recursos na ordem de R$ 4 bilhões para investimentos em infraestrutura em todo o país, o PAC 2 vai beneficiar centenas de municípios que apresentarem projetos, principalmente para obras de saneamento. Quase todos as cidades de Alagoas serão beneficiadas. “Os recursos serão destinados para municípios com população de até 50 mil habitantes, ou seja, 90% dos municípios alagoanos”.
De acordo com Roosevelt Patriota, superintendente da Funasa em Alagoas o programa investirá em melhorias sanitárias, água e esgoto. O trabalho não é simples e requer cuidados nos itens solicitados. “Qualquer erro pode inviabilizar o projeto”, acrescentou, Roosevelt Patriota.
Para apresentar as exigência do programa e as novas regras do Governo Federal, o superintendente nacional de engenharia da Funasa, Ruy Gomide, o chefe da engenharia em Alagoas, Diógenes Braga, o vice-presidente de engenharia da Casal, Osmar Lisboa e o superintendente de engenharia, Luis Emanuel participaram de uma reunião na AMA para explicar aos gestores o que fazer para assegurar a execução dos projetos.
“Não queremos correr os riscos dos erros de procedimento que existiram na primeira edição do programa. Prova disso é que muitos projetos ainda estão sendo alvo de análise", comentou o engenheiro Ruy Gomide, acrescentando que o valor mínimo por proposta é de R$ 1 milhão para investimentos em água e esgoto.
Para o prefeito de Tanque D’arca, Roney Valença, a falta de estrutura na Funasa também contribui para a demora na avaliação dos projetos.
” Estou com um projeto para construção de casas aprovado desde janeiro, mas até agora não nos liberaram os recursos. O engenheiro contratado para gerenciar a questão da água não pôde dar sequência ao trabalho devido à grande demanda, já que são muitos os municípios. Ou seja, por conta disso, certamente não conseguiremos atender os prazos expostos nesta reunião", desabafou.O engenheiro Ruy Gomide admite a dificuldade de pessoal por parte da Funasa.
“ Realmente enfrentamos este problema, mas também esbarramos na questão jurídica, para contratação legal de novos engenheiros. Não é uma tarefa fácil, mas estamos mostrando ao governo federal que o caso da Funasa é uma excepcionalidade e que requer a realização de concurso público’, comentou.
Essa parceria entre a AMA e os órgãos estaduais e federais é importante para que possamos dar respostas mais rápidas aos prefeitos, disse o presidente da AMA, Abrahão Moura. O prefeito Alay Correia, que também participou da reunião disse que o esforço precisa ser conjunto, porque Alagoas é um estado com um alto índice de carência e seus municípios dependem dos recursos federais para promover o desenvolvimento.