Operação CID-F: nove pessoas continuam presas

Os nove presos são considerados integrantes da quadrilha que desviou cerca de R$ 12 milhões do INSS.

O presidente do inquérito que apura o desvio de R$ 12 milhões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Alagoas, delegado federal Alexandre Borges pediu nesta segunda-feira, 20, a prorrogação da prisão temporária de um dos acusados de integrar a quadrilha desbaratada pela Operação CID-F da Polícia Federal. O nome não foi revelado, porque a investigação segue em sigilo.

Na última sexta-feira, 17, a PF concedeu entrevista coletiva à imprensa e informou que 15 presos na operação seriam liberados no domigo (19), após vencer o prazo da prisão temporária (de 5 dias) e o 16º preso seria liberado ainda na sexta-feira por determinação da Justiça. O delegado justificou que as informações e documentos necessários à investigação foram fornecidos e que não havia razão para mantê-los em cárcere.

“Esses presos temporários são pessoas que se envolveram no esquema e de alguma forma se beneficiaram dele. É importante dizer que todos os presos foram indiciados e ao final do inquérito poderão ser presos”, esclareceu Borges.

O delegado confirma que outras oito pessoas que tiveram as prisões preventivas decretadas pela PF continuarão presas, porque representam ameaça. “Essas oito pessoas, mais o preso que pedimos a prorrogação da prisão temporária por considerarmos que precisa esclarecer algumas questões, são consideradas membros da quadrilha. Se forem soltos poderão continuar praticando crimes”, disse.

“Há mais um preso temporário que ainda está na PF porque foi o último a se apresentar. No entanto, deverá ser liberado ainda hoje”, concluiu Borges.

Esquema

Segundo informações da Polícia Federal, a quadrilha que envolvia funcionários do INSS, entre eles médicos peritos, beneficiários e escritórios de contabilidade, seria especializada em fraudes para concessão de benefícios pagos pelo INSS. De acordo com o delegado Alexandre Borges, mais de 400 benefícios foram fraudados.

Os acusados responderão pelos crimes de estelionato qualificado, formação de quadrilha, falsidade ideológica, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistema de informações, corrupção ativa e passiva, além do crime de falsa perícia.

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