Obras de duplicação da BR 101 ameaçam escola, afirmam pais e alunos

Obra está sendo realizada há menos de um metro da escola estadual

Obra está sendo realizada há menos de um metro da escola estadual

CortesiaObra está sendo realizada há menos de um metro da escola estadual

Obra está sendo realizada há menos de um metro da escola estadual

Professores e alunos de uma escola na cidade de Teotônio Vilela temem uma tragédia parecida com a que aconteceu na semana passada em Campo Alegre, onde 17 estudantes ficaram feridos após o desabamento do telhado de uma sala. É que as obras de duplicação da BR-101 estaria comprometendo a estrutura do prédio da Escola Estadual Pedro Joaquim, no bairro São Sebastião.

Segundo funcionários da escola, a obra acontece há menos de um metro da entrada da instituição de ensino e estaria abalando a estrutura do prédio, construído em 1969. “Eles estão utilizando máquinas na construção do desvio para duplicação da BR-101, que passa rente à escola, e toda a unidade treme o dia inteiro. Estamos todos assustados, temendo um desabamento durante o horário de aula”, destacou uma funcionária da escola.

Ainda segundo os funcionários, a obra na frente da escola teve início na última sexta-feira, dia 5. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é responsável pela obra e teria – segundo os servidores – informado que apenas trabalharia no trecho que compreende a escola após a transferência da unidade de ensino para outro espaço.

“O diretor está procurando outro prédio para transferir a escola, mas ainda não foi encontrado. Nesta sexta fomos surpreendidos com a quebra da promessa do Dnit e o início da obra. Alunos e professores estão correndo riscos”, completou.

A Escola Pedro Joaquim atende alunos do ensino médio do município e funciona nos três horários. Mais de 1.300 pessoas – entre alunos e funcionários – utilizam o espaço diariamente.

“A direção proibiu a presença de alunos na porta da escola temendo alguma tragédia envolvendo as máquinas, porque não há contenção, e está tentando transferir a entrada da escola para a lateral do prédio. Além do medo da escola desabar, tememos acidentes assim que o desvio for concluído, inclusive com atropelamento de estudantes na porta da escola”, disse.

A reportagem do Alagoas24Horas tentou contato com o superintendente do Dnit em Alagoas, Fernando Fortes, mas ele não atendeu as ligações.

O Dnit é alvo de denúncias de superfaturamento em obras. A crise levou à demissão e afastamento de diversos servidores e diretores do Ministério dos Transportes. Os cortes atingiram principalmente servidores que atuavam nas áreas de operações, administração e análise técnica e pessoas ligadas ao PR, partido do ex-ministro Alfredo Nascimento.

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