A esposa do subtenente da Polícia Militar de Alagoas Deraldo Juvino dos Santos, de 53 anos, a namorada dela e mais um jovem foram presos acusados de participarem do assassinato do militar, ocorrido em 23 de março deste ano no Conjunto Santa Helena, na parte alta da cidade. Segundo a polícia, o crime teria sido encomendado pela viúva – Rubinete Belarmino dos Santos – para que ela ficasse com os bens do marido e pudesse assumir seu relacionamento amoroso com Graciete da Silva Santos, 29.
A polícia chegou até os acusados após depoimento de Radiel Tenório da Silva, 20 anos. Segundo o agente de polícia da Delegacia de Homicídios, Alexandre Melo, Radiel teria revelado como se deu o crime.
As investigações apontam que Radiel teria sido o primeiro a ser contatado por Rubinete para assassinar o marido. Radiel retrocedeu no ‘serviço’ e indicou outra pessoa para executar o subtenente, Celso Benedito Alves.
Celso, por sua vez, acertou o crime pelo valor R$ 10 mil, pagos em duas parcelas.
O subtenente Deraldo estava na porta de casa, junto com a esposa e a filha, quando um homem de moto efetuou vários disparos de arma de fogo contra ele. O algoz usava capacete.
Em entrevista ao Alagoas24Horas, um dia após o crime, a viúva chegou a dizer que acreditava que o marido conhecia o assassino. “A gente estava na porta de casa quando aconteceu o crime. A única coisa que meu marido falou antes de ser assassinado foi: ‘não fui eu! Não fui eu!’. Acredito que ele conhecia o assassino”, explicou Rubinete à época.
Após a execução do marido, Rubinete e a namorada chegaram a pagar metade do valor acertado pelo crime e um dia antes de efetuarem o pagamento da segunda parcela, as duas encomendaram a morte de Celso. O crime aconteceu no dia 20 de abril.
Rubinete foi presa na última terça-feira, dia 16, e já se encontra recolhida no presídio Feminino Santa Luzia. Já Radiel e Graciete foram presos na noite de ontem, 17, por equipes da Delegacia de Homicídios.
Rubinete e Graciete são apontadas como as autoras intelectuais do crime e Radiel seria o intermediador do crime. As duas negam a autoria.
A polícia informou ainda que o todos os envolvidos moram na mesma rua no Conjunto Santa Helena, o que teria facilitado o planejamento do homicídio.
Celso Benedito
Celso Benedito é apontado ainda como o responsável pela morte das duas estudantes cujos corpos foram encontrados no Campus da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em março deste ano.
As irmãs Fabiana e Luana de Oliveira Marques, de 19 e 14 anos, estavam desaparecidas há quase um mês quando os corpos, em adiantado estado de decomposição, foram encontrados por um cachorro em um matagal próximo ao Radar Meteorológico da Ufal. As jovens moravam no Conjunto Lucila Toledo.