Mulheres que receberam o anestésico apresentaram uma incidência maior de problemas para amamentar na primeira semana
O estoque de leite do Banco de Leite Humano (BLH) da Maternidade Escola Santa Mônica (MESM) conta apenas com sete litros, suficiente para alimentar os recém-nascidos da UTI e UCI por apenas dois dias. Diante do risco de faltar o alimento mais precioso aos bebês de alto risco, a coordenadora do BLH, a pediatra Andréa Pinheiro, apela às mães que estão em fase de amamentação para que doem o excesso do leite.
“Muitas mulheres não sabem, mas o excesso do leite que desperdiçam pode ajudar na recuperação dos bebês prematuros internos na maternidade. Aliás, o leite doado é a maior arma da maternidade na batalha para a recuperação e desenvolvimento dessas crianças”, disse Andréa.
A coordenadora teme, ainda, que a maternidade seja obrigada a inserir leite industrializado na dieta, já que o aleitamento materno é uma das prioridades da MESM, que está trabalhando para ser credenciada como Hospital Amigo da Criança e, para tanto, deve fazer uso exclusivamente do leite materno.
Para se tornar doadora as mulheres com excesso de leite podem procurar a maternidade, localizada na av. Comendador Leão, no Poço, ou ligar para o número (82) 3315.4434.
A doadora deve estar saudável, ou seja, quem fez o pré-natal, basta apresentar os exames realizados durante o período. Quem não tem os exames, pode fazê-los na própria maternidade. Os exames realizados detectam doenças que inviabilizam a doação do leite, como a AIDS, hepatite, toxoplasmose, entre outras.
“Trata-se de cuidados para garantir a saúde do bebê prematuro. Porém, a partir do primeiro contato, o BLH encaminha um Bombeiro ou um profissional do setor para orientar a doadora, auxiliar no processo de ordenha ou buscar o leite doado”, reforça a coordenadora.
