Sob o tema “Não matarás, pelo fim da homofobia e pela paz”, a orla de Pajuçara sediou na tarde deste domingo (13) mais uma edição da parada Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) em Maceió. A concentração, na altura do Hotel Enseada, começou às 11h da manhã. Os organizadores esperam cerca de 200 mil pessoas que devem marchar até a Praia de Sete Coqueiros.
Este ano a comissão organizadora de Parada do Orgulho LGBT inovou e abriu sua programação no dia 09 de novembro, no Teatro Gustavo Leite, com um ciclo de palestras e apresentações de drag queens. O ponto alto do evento, a parada, contará este ano com seis trios elétricos, onde se apresentarão os DJs John Charllys, Luck Chagas e Fabiano Karlus, além da participação da cantora drag queen Shinyder & Cia, e a atração principal o cantor Galã do Brega.
Segundo a comissão do evento, algumas autoridades políticas são aguardadas no evento, entre elas a secretária Katia Born, que assume a pasta da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, e é apontada pelos organizadores do evento como a “madrinha oficial da parada” que aguarda ainda a presença dos deputados Rui Palmeira, do vereador Ricardo Barbosa, entre outros.
O presidente do Grupo Gay de Alagoas (GGAL) e membro da comissão organizadora do evento, Nildo Correia, falou sobre as dificuldades que passam as ONGs que levantam esta bandeira e “entram de cabeça na realização de um evento de mais de uma década e com este porte e que mobiliza boa parcela da sociedade”. Ainda segundo Nildo, “o setor privado – diferente do acontece em outros estados brasileiros – não enxerga a importância de eventos deste segmento”.
Para a organização, o tema escolhido este ano não tem a intenção de confrontar os religiosos, e sim “alertar a sociedade sobre a importância da quebra do fundamentalismo religioso, que ao longo dos séculos massacram minorias a exemplo das mulheres, pessoas de matizes africanas, entre outros,” diz comissão.
Atualmente Alagoas ocupa o primeiro lugar no ranking de crimes homofóbicos. Somente neste ano, quinze pessoas já foram assassinadas. O último caso foi o do professor de história, Ezequias Rocha Rego, assassinato na última sexta-feira (11) em sua residência, com um golpe de arma branca na região do pescoço.
Integrantes do movimento gay cobram das autoridades a elucidação dos crimes. Para a comunidade gay, a impunidade é um incentivo a este tipo de crime.