O assunto discutido pelos vereadores na sessão de hoje (16) da Câmara Municipal de Maceió foi o possível êxodo de traficantes do Rio de Janeiro para o Estado de Alagoas. O assunto foi levado à tribuna da Casa pelo vereador Silvio Camelo.
Ele disse que marcou audiência com o presidente da seccional alagoana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Omar Coelho, no sentido de solicitar o apoio da entidade para fazer um alerta ao Conselho de Segurança Pública e demais instituições de segurança do Estado.
As declarações de Camelo foram motivadas pelas notícias veiculadas na imprensa de que os líderes do tráfico que estão sendo expulsos pelas ocupações das favelas no Rio de Janeiro, estão comprando imóveis e se mudando para o Nordeste. A afirmação foi feita pelo secretário de segurança do Rio de Janeiro, José Maria Beltrame, baseado nos depoimentos do traficante Nem, chefe do tráfico da Rocinha e de outros presos em operações semelhantes.
A polícia alagoana acredita que ainda não exista indícios de que o Estado seria o destino destes criminosos. Uma das fugitivas do Rio para Alagoas seria a namorada do traficante Nem, Danubia Rangel, que de acordo com a imprensa carioca teria vindo ao Nordeste em busca de imóveis antes da prisão do chefe do tráfico na Rocinha.
Um dos maiores parceiros do traficante Nem, responsável pela profissionalização do negócio de venda de drogas na Rocinha, o traficante Saulo de Sá Silva, o Saulo da Rocinha, de 32 anos, foi preso em 2008 na cidade de Maragogi.
Em aparte, os vereadores Marcelo Gouveia e Silvânia Barbosa afirmaram que a polícia alagoana sabe que, neste período, vários dos líderes do tráfico na Rocinha estiveram no Estado, embora não acredite que eles tenham vindo a Alagoas exercer a mesma atividade que tinham no Rio.
O vereador Silvio Camelo parabenizou, também, a Secretaria Municipal de Educação (Semed), que agora passa a contar com monitoramento, através de vídeo, na área de segurança, pelo fato de várias escolas estarem sendo vitimas de assalto e arrombamento.
“Através de licitação, o monitoramento está sendo feito com o intuito de tentar coibir os prejuízos em relação a roubos de equipamentos. Esse trabalho de segurança não é da Semed, mas está sendo realizado para contribuir com a segurança nas escolas municipais”, frisou Silvio Camelo.