O Atlético-MG deu um passo importante na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O time fez valer o fator casa e venceu o Coritiba por 2 a 1, nesta quinta-feira, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Empurrados pela torcida, que encheu o estádio, os jogadores do Galo dominaram o primeiro tempo, ampliaram no segundo, mas passaram sufoco no fim da partida.
O Coxa perde a chance de se aproximar do G-5 e vê mais longe o sonho da Libertadores: caiu da nona para a décima colocação, com 51 pontos. Agora em 14º lugar, dentro da zona de classificação para a Sul-Americana, o Atlético-MG se afasta um pouco mais da degola e termina a 35ª rodada com 42 pontos, cinco a mais do que o xará paranaense, primeiro time a abrir o Z-4.
Na próxima rodada, o Galo vai a São Paulo encarar o líder Corinthians, no Pacaembu, domingo, às 17h (de Brasília). Depois, recebe o Botafogo e faz o clássico com o Cruzeiro. O Coxa recebe os reservas do Santos, às 19h também de domingo, no Couto Pereira. Na sequência, pega o Avaí (também em casa) e visita o Atlético-PR na Arena da Baixada.
Velocidade e pressão do Galo
Aos 19 minutos, Neto Berola, que retornou ao time após cumprir suspensão diante do Figueirense, abriu o placar em chute rasteiro na grande área. Foi o quinto gol do atacante – que até pouco tempo atrás era reserva – no campeonato e o 14º gol na temporada, ficando atrás apenas de Magno Alves, que tem 17.
Em uma partida tecnicamente ruim, com erros dos dois lados, o Galo ao menos se esforçava em manter as suas jogadas no campo de ataque. E às vezes contava até com ajuda do Coxa para levar perigo – por exemplo, quando Eltinho cabeceou contra o próprio gol, em lance salvo por Jéci. No ataque, os visitantes também fizeram feio. Everton Costa, numa furada dentro da área, perdeu ótima oportunidade.
No lado do mandante, Renan Oliveira irritou a torcida e recebeu vaias na descida para o vestiário. Seu último lance foi um cartão amarelo por falta cometida em Rafinha, aos 38 minutos. No intervalo, foi sacado por Cuca, que escalou Mancini.
Gols e sufoco no fim
Com a desvantagem no placar, Marcelo Oliveira mandou o Coritiba para frente e adiantou a marcação. Eltinho tinha dificuldades com Neto Berola, e o treinador promoveu a entrada de Maranhão no setor.
O jogo ficou pegado. Leonardo e Pierre chegaram a discutir e foram separados pelos companheiros atleticanos. O Galo passou a recuar, e o Coritiba ganhou terreno. O clima de tensão tomou conta da torcida, que, a cada passe errado, ia ao desespero. Depois de discutir com o goleiro Renan Ribeiro, o atacante Rafinha passou a ser o alvo preferido dos torcedores alvinegros. Marcelo Oliveira tentou a última cartada ao colocar o atacante Bill na vaga do meia Davi. E o Coritiba passou a jogar mais no campo de ataque.
Mas a noite era alvinegra. Leonardo Silva ultrapassou os adversários e soltou a bomba rasteira. A bola seria facilmente defendida por Vanderlei, mas desviou na zaga e enganou o goleiro. Delírio e alívio na Arena do Jacaré.
No fim do jogo, o Coxa se lançou ao ataque. Com muita pressão, conseguiu diminuir a diferença. Bill recebeu na velocidade pela direita e chutou na saída de Renan Ribeiro. O gol no fim não mudou o resultado, e o Atlético-MG saiu com mais uma vitória da Arena do Jacaré.