No dia em que se comemora a Consciência Negra, as atenções estão voltadas para a Serra da Barriga, em União dos Palmares. O município – em parceria com o Governo de Alagoas e o Governo Federal – preparou uma programação diversificada para este domingo, 20.
Durante todo o dia, serão realizadas apresentações de grupos culturais do município, Mostra Quilombola de Cinema, palestras, rituais de religiosos de matriz africana e shows, desfiles, encontros, oficinas e inaugurações.
Autoridades, comunidades quilombolas, integrantes do movimento negro e população estão na cidade para lembrar as contribuições dos negros ao país e homenagear Zumbi dos Palmares, símbolo e herói da resistência negra à escravidão no Brasil.
Os festejos iniciaram desde as 4h deste domingo. Religiosos africanos já fizeram as oferendas na Serra da Barriga e cortejo e saudações aos ancestrais, com o ato Ìségún Káwójuba, abriram as comemorações no Parque Memorial Quilombo dos Palmares.
Teve início às 8h, a 30ª Corrida da Consciência Negra. O ponto de largada foi na Prefeitura de União dos Palmares e a chegada será na Serra da Barriga.
A partir das 9h, heróis quilombolas serão homenageados. A Capoeira realizará a grande roda da paz. Nesta tarde, a Estátua de Zumbi dos Palmares será inaugurada no Centro de União. Ocorrerá ainda um desfile cívico por toda a Avenida Monselhor Clóvis Duarte.
Apresentações artísticas encerram as comemorações do Dia da Consciência Negra. Nesta noite, a Praça Basiliano Sarmento será palco dos shows das bandas Tribo de Jah e Raízes de Zumbi e do cantor Clinton Fearon.
Dia da Consciência Negra
A data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
Zumbi fez história ao representar a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.