Os servidores do Judiciário Federal mantêm a “Semana da Indignação”, com ‘apitaço’ no prédio das Varas Trabalhistas, a partir das 9 horas. Novas adesões à greve ocorrem com a manifestação. A categoria realiza interdições parciais da Avenida da Paz para dialogar com a população sobre os motivos da greve. Os grevistas fazem panfletagem no local.
A manifestação “Semana da Indignação” acontece esta semana e se contrapõe à Semana Nacional de Conciliação. Utilizando-se do ditado popular “casa de ferreiro, espeto de pau”, os servidores denunciam a retaliação, a exemplo da ameaça do corte de ponto. Ferindo o direito de greve, o TRT publicou a Resolução 34/2011 determinando o corte de ponto. O Conselho Superior da Justiça do Trabalho também baixou a Resolução 86/2011 que trata do corte de ponto.
De acordo com o coordenador Jurídico do Sindjus/AL, Paulo Falcão, a Justiça do Trabalho concilia as relações trabalhistas o ano todo, e não será em apenas uma semana que o órgão irá atender toda a demanda da população. Para o sindicato, a Semana da Conciliação não atende aos interesses da classe, visa apenas o cumprimento de metas impopulares e resulta na retirada de direitos trabalhistas e no adoecimento dos servidores.
Os servidores ainda visitaram os trabalhadores, que não aderiram à greve nacional, mas que foram convocados para trabalhar durante a Semana de Conciliação. Desses, muitos tiveram suas férias ou licenças suspensas por determinação do órgão. O coordenador Jurídico ressaltou a importância da greve, afirmando que os servidores não eram obrigados a continuar na Semana da Conciliação.
Grevistas convidam juízes para unificar luta O comando de greve está indo às Varas Trabalhistas para distribuir o material da greve e convidar os juízes do Trabalho para unificar a luta pela revisão salarial nesta quarta-feira (30).
Neste dia, os juízes federais e do Trabalho irão realizar uma paralisação de 24 horas pela revisão salarial. O juiz do Trabalho Alonso Filho se declarou favorável à mobilização dos servidores, destacando que a greve é um direito constitucional e um recurso histórico da classe trabalhadora.