Candidatos do vestibular da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) requerem na manhã desta sexta-feira, dia 9, ao Ministério Público Estadual, a anulação do processo seletivo devido a supostas irregularidades.
O grupo de candidatos afirma que várias irregularidades foram constatadas em todos os dias de provas, de 4 a 6 de dezembro. A Uncisal informou, por meio de nota, que os candidatos que se sentissem prejudicados poderiam entrar com recurso no prazo de 48 horas (prazo se encerrou ontem), contudo, os alunos afirmam que algumas questões ultrapassam as questões que podem ser recursadas.
De acordo com os estudantes, desde o primeiro dia o processo foi problemático. Candidatos entravam em sala de aula sem apresentar qualquer documento que comprovasse sua identificação e iniciavam as provas antes do sinal. Em alguns locais, houve permissão para o uso de aparelhos eletrônicos, ao contrário do que determina o edital. Sem acompanhamento de fiscais, os candidatos saíam da sala e encontravam outros estudantes nos corredores e banheiros.
Os candidatos reclamam ainda da estrutura da prova. Além de questões com enunciados confusos e repletos de erros gramaticais grosseiros, faltaram dados e proposições que permitissem a resolução do exame. Estima-se que pelo menos 24 das 140 questões (quase 20% do total) estejam passíveis de anulação no processo administrativo. O próprio gabarito continha falhas de impressão de modo a prejudicar a leitura óptica feita pelo computador durante a correção automática. Em um dos casos mais gritantes, um estudante teve que desenhar os espaços de marcação durante a prova. No entanto, o fato que mais chamou a atenção dos candidatos foi a exigência de assinatura na folha de resposta oficial da redação.
A reportagem do Alagoas24Horas tentou entrar em contato com o presidente da comissão organizadora do vestibular, Augusto Alves, para saber se a empresa Exatus, responsável pela elaboração da prova, já divulgou alguma nota oficial sobre os recursos, mas não obteve êxito. A assessoria da Uncisal disse que a universidade aguarda o posicionamento oficial da Exatus para anunciar qual procedimento será adotado.