O presidente da Adepol Alagoas, Antônio Carlos Lessa, e o 1º secretário, José Fernandes do Nascimento, estiveram na manhã desta terça-feira, 6, na Delegacia de Polícia do 1º DP da capital, localizada no bairro da Levada, onde constataram a falta de condições de trabalho da unidade policial.
A diretoria da Adepol ouviu várias reclamações dos 37 presos, distribuídos em três celas, sobre as condições degradantes que estão vivendo. As reclamações vão desde a superlotação à existência de cobras, ratos, escorpiões, baratas e falta d`água no local. Os presos disseram que não aguentam mais a tortura que estão passando aguardando a decisão da justiça.
Após constatar as precárias condições do local, a Adepol irá solicitar a interdição da delegacia à Justiça e que os presos sejam transferidos imediatamente. Será solicitado também, um laudo técnico da vigilância sanitária.
"O que pode ser observado é que não está sendo cumprida a Lei de Execuções Penais – LEP. É um verdadeiro desrespeito à integridade física e moral dos presos provisórios", afirmou Lessa.
A diretoria da Adepol lembra que há mais de um ano entrou com uma representação à Procuradoria de Justiça do Estado e nenhuma providência foi tomada. As situações das delegacias de polícia da capital e do interior estão insustentáveis.
"Apelamos para o Governo do Estado, Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e OAB para que as providências cabíveis fossem tomadas, os delegados de polícia não podem conviver com uma situação desta. A polícia civil deixa de investigar para tomar conta de presos", finalizou Lessa.
A diretoria da Adepol se reunirá em assembléia na próxima semana, dia 16, para decidir qual será a posição da categoria, onde será sugerido que os delegados de polícia não aceitem mais receber presos nas delegacias.