O presidente do Sindaçúcar/AL, Pedro Robério Nogueira, declarou que cerca de R$ 100 milhões deixaram de circular, por semana, na economia alagoana com a falta de crédito provocado pela crise financeira mundial.
Segundo ele, as industrias do pólo agroindustrial do Estado, sem o crédito para financiar a safra, estão lutando para manter o pagamento dos salários em dia e preservar os postos de trabalho, evitando demissões no setor.
"Se não tem entrada, conseqüentemente, não há saída de recursos. O fluxo fica interrompido. No momento, os postos de trabalho estão sendo preservados com muito esforço pelas industrias para evitar demissões", alertou o presidente do Sindaçúcar/AL.
De acordo com ele, a crise financeira mundial fez sumir o crédito no mercado externo e, com isso, acabou afetou o setor canavieiro alagoano que exporta mais de 70% do açúcar e do álcool para outros países.
"A crise atingiu o crédito externo que financiava essa operação. Alagoas vem sofrendo mais por ser um estado puramente exportador. A crise apanhou todo mundo de surpresa. No momento, sem crédito, não há injeção de recursos financeiros no sistema de produção", acrescentou o líder do setor em Alagoas.
Segundo ele, o setor espera que, a partir do mês de fevereiro, possa voltar a ter um novo ânimo provocado pelo aquecimento do fluxo de caixa que começa a receber o dinheiro fruto da comercialização da produção atual. "Mas, a previsão é enfrentar uma entressafra meio difícil", finalizou Pedro Robério.
