Prêmio da Fifa: Marta busca o tri

ReutersAlagoana Marta é a grande estrela da seleção brasileira

Alagoana Marta é a grande estrela da seleção brasileira

Nesta segunda-feira, o mundo vai conhecer a melhor jogadora do ano de 2008. Pela primeira vez, cinco candidatas disputam o prêmio, que até o ano passado só indicava três para a final. Duas brasileiras, a tricampeã Marta e a atacante Cristiane; duas alemãs, a veterana Birgit Prinz e a goleira Nadine Angerer; e a inglesa Kelly Smith estão na briga para ver quem leva o troféu. A premiação será no Zurich Opera House, em Zurique, na Suíça.

Será a oitava edição do prêmio no feminino. Nas últimas quatro, a meia da seleção Marta foi indicada entre as finalistas, vencendo nas últimas duas vezes. Enquanto a joia de Dois Riachos busca o tricampeonato, outra brasileira, a atacante Cristiane, quer brilhar e conquistar o troféu pela primeira vez. Mas na disputa também está a experiente atacante alemã Birgit Prinz, três vezes eleita a melhor do mundo.

Marta
Com apenas 22 anos, Marta ganhou destaque nos últimos anos, tendo sido eleita a melhor do mundo em 2006 e 2007, desbancando a tricampeã Birgit Prinz. A grande estrela brasileira fez um bom 2008, tanto pela seleção quanto pelo seu clube, o Umea, da Suécia. Mas ela não vai continuar na Europa. Na última sexta-feira, Marta acertou sua ida para os Estados Unidos, onde jogará pelo Los Angeles Sol. A craque brasileira já marcou 50 gols com a camisa da seleção.

Marta teve uma infância humilde. Ela nasceu em Dois Riachos, cidade pobre com cerca de 11 mil habitantes no sertão de Alagoas, que fica a 187km da capital, Maceió. Os primeiros chutes foram aos sete anos, no leito seco de um dos rios da cidade. Debaixo de uma ponte, com traves de bambu e bola colada com borracha quente, a atacante desenvolveu o talento. O futebol era uma das poucas formas de diversão.

Aos nove anos ela começou a jogar em um time de futsal da cidade, convidada por um professor de educação física. Pouco tempo depois ela foi para o CSA, e em seguida, para o Rio de Janeiro, tentar uma vaga no Vasco. Faltou ao primeiro teste. No segundo, conseguiu passar. Por algum tempo morou em São Januário. Quando completou 18 anos, foi convidada a jogar na Suécia, onde estava até a última temporada.

Cristiane
O ano de 2008 foi quase de ouro para Cristiane. Apesar da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Pequim, a atacante da seleção se destacou na competição – foi a artilheira, com cinco gols. Suas ótimas atuações chamaram a atenção do Corinthians, que no segundo semestre a contratou para a disputa do Campeonato Paulista. Em 2009, jogará pelo Chicago Red Stars, dos Estados Unidos.

Cristiane Rozeira de Souza Silva nasceu em São Paulo e tem 23 anos. É uma espécie de menina prodígio do futebol brasileiro. Com apenas 15 anos, estreou pela seleção Sub-19, no Campeonato Mundial da categoria, em 2002. As comparações com Marta são muito comuns na vida da atacante, que confirma, em entrevista ao site oficial da Fifa, o entrosamento entre elas.

– Quando uma de nós recebe a bola já sabe exatamente onde está indo a outra para passá-la, porque instintivamente sabemos nossas posições.

Birgit Prinz
A maior vencedora do Prêmio de Melhor do Mundo da Fifa briga pelo seu quarto título. Não fosse a sequência interrompida por Marta em 2006 e 2007, poderia estar lutando pelo sexto troféu. Aos 31 anos, a experiente atacante alemã é uma verdadeira colecionadora de títulos. Três vezes campeã da Copa da Uefa, nove vezes do Campeonato Alemão, sendo cinco consecutivas (de 1998 a 2003) e mais nove da Copa da Alemanha, Prinz se destaca em relação às demais jogadoras do mundo.

Em 2005, chegou a marcar 83 gols em uma só temporada. Com 122 gols em 188 jogos, superou qualquer marca até então registrada. No mesmo ano, tornou-se patrona do projeto “Learn and Play”, apoiado pela Fifa.

Nadine Angerer
Com 13 títulos importantes na carreira – entre eles duas Copas do Mundo e três Campeonatoos Europeus -, Nadine Angereris é a goleira alemã mais bem-sucedida de todos os tempos. Em 1996, aos 17 anos, ela saiu de casa para jogar no Nuremberg, mas sua carreira decolou mesmo em 2001, quando se destacou pelo Turbine Potsdam.

Hoje, com 30 anos, Angerer é uma verdadeira muralha. A goleira do Djugarden Estocolmo, em entrevista ao site oficial da Fifa, se acha parecida com um goleiro alemão.

– Se eu tivesse que me comparar a alguém, seria a Jens Lehmann, um guardião que faz a diferença no gol.

Kelly Smith
A camisa 10 da seleção da Inglaterra foi a primeira jogadora do país a jogar no melhor futebol feminino do mundo – os Estados Unidos – em 1997. Apareceu para o futebol logo aos 17 anos, em 1996. Jogando pelo Arsenal, marcou dois e deu passe para mais um no clássico contra o Liverpool. A partir daí, começou a chamar a atenção do mundo.

Depois de jogar por três clubes diferentes, Smith voltou ao Arsenal em 2004, onde está até hoje. Pela seleção inglesa, já marcou 27 gols em 71 jogos e é uma das maiores jogadoras da história do país.

Fonte: globoesporte.com

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