Seis agentes penitenciários – dois deles concursados e quatro serviços prestados – foram presos na manhã desta sexta-feira, dia 30, sob a acusação de envolvimento em homicídios ocorridos na capital alagoana. Eles foram detidos pela Polícia Civil de Alagoas em uma das três operações desencadeadas na manhã desta sexta-feira, dia 30.
Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Capital, Maurício Brêda, após denúncia do Ministério Público Estadual. De acordo com a Polícia Civil de Alagoas, foram presos Germano José Lima Costa, Wellington Moisés da Silva, Ítalo Fabiano Rolembergue, Alyano da Silva Araújo, Edmar Ferreira da Silva, e Marcos Eugênio Batista, que se apresentou horas depois da prisão dos companheiros.
Os acusados são apontados em pelo menos dois crimes ocorridos na parte alta da cidade de Maceió: o assassinato de Márcio José Silva, o Márcio Ladeira, e do adolescente Omir Oliveira Lima, 17 anos, morto em agosto de 2007. Quanto à morte do adolescente, já se encontram presos o subtenente Salomão Ferreira Santos, além de Daniel Lopes Chaves, José Ivanes Bezerra e Abimael Clemente.
De acordo com a Polícia Civil de Alagoas, os agentes penitenciários formariam um grupo de extermínio que atuava na cidade de Maceió. Entre eles está o ex-diretor da unidade prisional Baldomero Cavalcanti e Cyridião Durval, Wellington Moisés da Silva, que também consta na lista dos presos de hoje.
Os agentes foram detidos nos bairros do Tabuleiro do Martins, Lourenço Albuquerque, em Rio Largo, e Farol. Ao todo, 30 homens da Polícia Civil de Alagoas participaram da operação.
Os acusados já se encontram na sede da Polícia Civil de Alagoas, em Jacarecica. Eles foram ouvidos pelo delegado Rodrigo Rubiali, submetidos s exame de corpo de delito e posteriomente levados para o sistema prisional.
Sindicato
Um dos representantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Marcelo Avelino, colocou que a entidade deve entrar com pedido de relaxamento de prisão de seus filiados, por meio da advogada da categoria. Entre os seis agentes presos, há comissionados e concursados.
Marcelo Avelino coloca que o pedido de relaxamento é cabível, já que os acusados são funcionários públicos, possuem residência fixa e nunca foram citados em crimes anteriormente.