A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) estuda a criação de mais uma faixa de consumo para a Tarifa Social. Com a iniciativa, a empresa pretende cobrar outro valor mais flexível para atender as famílias de baixa renda que consumam de 11m³/mês até 30m³/mês.
Atualmente a Companhia possui apenas a Tarifa Social de R$ 9, que dá direito ao cliente de baixa renda consumir até 10m³/mês. O valor da segunda faixa ainda não foi definido, porém a Diretoria Comercial afirma que, devido ao volume de água ofertado ser maior, o valor da tarifa, em relação à faixa anterior,0 deverá ser o aumento simbólico.
De acordo com o Diretor Comercial da Casal, Álvaro Menezes, a Tarifa Social atual, em muitos casos, não é suficiente para abastecer uma residência da periferia. “Uma família econômica com quatro pessoas consegue viver nessa margem de 10 metros cúbicos por mês, porém sabemos que a família da periferia não é composta apenas por dois filhos e o casal. Tem os netos, os genros… Se essa família de baixa renda extrapolar o consumo para 11 metros cúbicos mensais já deixa de usufruir dessa Tarifa, o preço aumenta para R$ 21 e na maioria das vezes o cliente deixa de pagar a água porque não tem condições financeiras”, explica Menezes.
O consumo clandestino de água da Casal e a inadimplência são responsáveis por uma perda direta de 30 a 35%, de acordo com estimativas da Companhia. Com a Tarifa mais flexível, a empresa pretende aumentar o faturamento com a diminuição do índice de inadimplência dos clientes de baixa renda e do desvio de água na periferia.
Para o Diretor Comercial, o desvio de água na periferia é uma questão social. “Muitas vezes o nosso cliente não paga porque não tem condições financeiras de pagar aquele valor, não é porque ele não queira”, explica.
A Companhia vem realizando ações de combate ao desvio de água em todo o Estado. As próximas cidades a receber ação da Casal de combate a clandestinidade são: Maceió, Maragogi, Barra de São Miguel e Rio Largo.