MP: esclarecido o primeiro ‘suicídio’ no Sistema Prisional

Uma força-tarefa composta pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), a Promotoria de Execuções Penais, a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social e a Delegacia do 10º Distrito Policial solucionou o primeiro "suicídio" ocorrido dentro do sistema prisional neste ano.

Em 48 horas, desde a entrada do Gecoc no caso, foi descoberto o esquema armado dentro do módulo 6 do Cyridião Durval para executar a morte do reeducando David Cerqueira Vieira. Outras quatro mortes suspeitas foram registradas este ano. Todos os casos foram apontados como suicídios.

Segundo os promotores que atuam no Gecoc, Alfredo Gaspar de Mendonça, Edelzito Andrade e Hamilton Carneiro, os nomes dos envolvidos no crime ainda não podem ser revelados, pois existem fortes indícios de que eles fazem parte de uma organização criminosa que atua com um "trabalho de limpeza" dentro dos presídios alagoanos. Fora isso, o inquérito policial corre em segredo de Justiça.

De acordo com o promotor de Justiça Cyro Blatter e o delegado Aydes Ponciano, em um curto intervalo de tempo, o crime foi completamente solucionado. Eles estiveram reunidos até a madrugada desta sexta-feira ouvindo envolvidos e testemunhas que relataram como o assassinato foi planejado e executado. "Ouvimos horrores do que acontece dentro de algumas celas dos presídios alagoanos", desabafou o promotor.

O delegado Aydes Ponciano ressaltou que a Polícia Civil não compactua com o crime, principalmente quando envolve a conivência de agentes públicos. "Já temos a certeza de que o reeducando não cometeu suicídio. Ele foi assassinado e uma cena montada para ocultar os vestígios de um homicídio", garantiu.

Para Cyro Blatter, a força tarefa continuará trabalhando até o esclarecimento total das demais mortes. "Este caso foi travestido de suicídio. Os demais estão sendo investigados. Todo e qualquer desvio de conduta ocorrido dentro do sistema prisional será prontamente investigado. Não vamos nos eximir em adotar todas as medidas judiciais que cada caso requeira", disse.

Fonte: Ascom MP

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