Um assassinato brutal chocou a comunidade de Frutal, cidade do interior mineiro com 50 mil habitantes, a 620 quilômetros de Belo Horizonte. Na tarde do domingo, 22, foi enterrado o corpo da menina Letícia Lima dos Santos, de apenas seis anos, que foi estuprada e morta. De acordo com a polícia mineira, o principal acusado é o cortador de cana alagoano José Edilson Marques da Costa, de 26 anos, que seria conhecido da família da vítima.
A criança, segundo a imprensa local, foi morta com duas facadas e encontrada com uma faca cravada no coração. Antes de ser assassinada, ela foi torturada e violentada. A menina desapareceu na manhã do sábado, no bairro Vila Esperança, periferia da cidade. Parentes, amigos, a Polícia Militar e os bombeiros chegaram a realizar buscas pela cidade e pelas matas da região.
Paralelo às buscas, policiais entrevistavam vizinhos, até que, no começo da noite, uma mulher da cidade – que tinha acabado de saber do desaparecimento – procurou a polícia e disse que viu Letícia, de manhã, no colo de José Edilson. Segundo a testemunha, a menina chorava, mas se calou quando ela perguntou se estava tudo bem. O lavrador, que é conhecido da família da garotinha, chegou até a ajudar os bombeiros e policiais nas buscas.
Localizado pela PM às 4h domingo, José Edilson teria confessado o crime e levou os policiais até o local onde estava o corpo, uma casa abandonada. A criança foi encontrada no banheiro, em meio a uma enorme poça de sangue. Para completar o quadro de crueldade, o corpo apresentava sinais de violência sexual. José Edilson disse inicialmente aos policiais que o crime foi cometido em parceria com um menor, de 17 anos, também lavrador, que, detido, negou sua participação.
De acordo com Rodolfo Rosa Domingues, delegado de Tóxicos e Entorpecentes de Frutal (e plantonista na 42ª Delegacia Regional, onde a ocorrência foi registrada), em depoimento prestado no meio da tarde, José Edilson acabou confessando que praticou o crime sozinho.