Em mais um protesto que leva o caos para a região central da cidade, motoristas de fazem táxi-lotação bloqueiam várias ruas do Centro. A concentração, que teve início nas imediações do antigo Cine Ideal, se concentra neste momento em frente ao prédio da Escola Técnica Valéria Hora, que sedia provisoriamente o Poder Legislativo municipal.
Cerca de 150 taxistas se concentram em frente à Câmara e solicitam uma audiência com o presidente da Casa, vereador Eduardo Holanda (PMN) para exigir a regulamentação da atividade de táxi-lotação. Os manifestantes chegaram a bloquear a rua, mas decidiram apenas perfilar os veículos em frente ao prédio.
Segundo o taxista Valmir Pereira dos Santos, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) faz “perseguição cerrada ao trabalho deles (taxistas) nas ruas e mesmo com o taxímetro ligado os fiscais apreendem os veículos e humilham os taxistas em público.”
Outro taxista, que se identificou como Cícero Amaro, afirmou que o “transporte coletivo urbano de Maceió é péssimo e que a existência do táxi-lotação acabou com as pessoas que viajavam penduradas nas portas dos ônibus”. Os manifestantes pretendem propor a criação de uma lei que regulamente o transporte de táxi-lotação na capital alagoana.
Na sexta-feira, 6, um grupo de taxistas bloqueou o trânsito na Rua Augusta (antiga Rua das Árvores), os dois sentidos da ladeira dos Martírios e Rua do Sol, no Centro de Maceió. O protesto foi contra a determinação do desembargador James Magalhães que obrigou a Prefeitura de Maceió, por meio da SMTT, a fiscalizar a prática de transporte clandestino dentro da cidade e punir os infratores.
O protesto só teve fim quando o superintendente da SMTT, coronel Jorge Coutinho, esteve no local e agendou uma reunião com a categoria, que afirma ser independente do Sindicato dos Taxistas (Sintáxi).
Em março desse ano, uma liminar concedida pelo juiz da 14ª Vara Cível, impediu a circulação de táxis-lotação em Maceió. A liminar foi concedida em favor da Associação dos Transportadores de Passageiros do Estado de Alagoas (Transpal), que alegou que os táxis-lotação estariam esvaziando os ônibus e causando prejuízos às empresas.
Segundo o presidente do Sindicato dos Taxistas (Sintáxi), Ubiraci Correia, atualmente existem 300 táxis-lotação atuando de forma fixa na capital alagoana, além dos profissionais flutuantes.