O trabalhador maceioense pagou menos pelo valor da cesta básica no mês de fevereiro. A ração mínima na capital alagoana custou R$ 196,17, representando uma variação de -2,7% em relação a janeiro. Os itens que mais contribuíram para essa redução foram o tomate (-13,83%), o arroz (-1,88%), o feijão (-0,74%).
Mesmo com essa redução, o valor da cesta básica em Maceió foi o segundo maior do Nordeste, de acordo com pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Natal liderou o ranking com um custo de R$ 202,36.
Para o gerente do Índice de Preço ao Consumidor (IPC), da Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan), Gilvan Sinésio, isso aconteceu pelo fato de termos uma produção escassa em Alagoas. “Importamos praticamente tudo que consumimos, assim pagamos um preço alto com frete e tarifação”, disse.
A Alimentação (0,36%) está entre os itens que contribuíram na elevação do custo de vida em Maceió, que foi de 0,44% em fevereiro. Dentre os grupos analisados pela pesquisa, apenas as Despesas Pessoais apresentaram queda de -0,30%. Já o item Saúde apresentou a maior variação com um percentual de 2,13%.
Segundo Sinésio, essa alta ocorreu por conta do aumento de 6,15% na Previdência Social dos médicos autônomos. “Esse aumento na previdência é decorrente do reajuste do salário mínimo”, explicou.
As maiores altas entre os produtos e serviços pesquisados, ficaram por conta do quiabo (12,76%), inhame (12,45%), desinfetante (9,79%) e do mamão (8,73%). Entre os produtos que registraram queda estão o tomate (-13,82%), o vinho (-10,13), o limão (-7,04%) e o pimentão (-5,84%). A carne, considerada um dos grandes vilões da inflação, ficou com os valores estáveis em fevereiro.